Benfica
As Estrelas no Sopé da Serra
IR E VOLTAR DA COVILHÃ INTEIRO. PARA COMEÇAR BEM NA TAÇA DE PORTUGAL.
Finalmente a um dia de regressar o Glorioso Futebol. Sábado na Covilhã. O regresso ao sopé da serra da Estrela depois de 1987/88. Para a Taça de Portugal depois de 1958/59. Ainda o Benfica não era Campeão Europeu. Mas para lá caminhava...
NOTA INICIAL: Este texto foi feito e programado há muito tempo - no fim-de-semana a seguir ao sorteio - por isso muito se passou entretanto. E nesse "entretanto" recebi de alguns leitores pedidos de explicação a propósito da eliminatória entre os dois clubes em 1951/52 pois a minha informação não coincidia com a do Almanaque e a do zerozero (é possível verificar este assunto nalguns comentários a textos deste blogue desde o primeiro - Regresso ao Passado na Covilhã, em 3 de Outubro de 2014 - a propósito do sorteio). Numa primeira fase decidi que não voltaria ao assunto, limitar-me-ia (tal como fiz) a dar informações a quem as pedia, pois não quero transformar este blogue numa errata do almanaque ou do zerozero para assuntos do Benfica.Mas depois reflecti e o assunto é mais grave do que se pensa. O erro do almanaque e do zerozero não altera só a História do Glorioso (e se assim fosse já era, e é, grave). Almanaque e zerozero alteram a História do Futebol Português. É que pelas minhas contas o Benfica, que é o clube com a maior goleada em terreno alheio para a Taça de Portugal nos jogos entre clubes do primeiro escalão, deixa de o ser porque o resultado "oficialmente" não é na Covilhã, mas sim em Lisboa! Apesar de ter sido, na REALIDADE, na Covilhã! Só não afirmo que é em vez de deve ser, porque ainda não tive tempo para ver todos os resultados entre clubes da I Liga/ I Divisão para o Campeonato de Portugal/ Taça de Portugal desde 1934/35. São muitos resultados em muitos jogos até porque nalgumas épocas havia eliminatórias a duas mãos. Carecem de confirmação, ou seja, de ter tempo num ou dois fins-de-semana.
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Página 236; Almanaque do Benfica; 3.ª edição; Rui Tovar (pai e filho); Maio de 2014; Lua de Papel; Lisboa |
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Retirado do portal zerozero.pt às 23:45 de 16 de Outubro de 2014 |
Nunca se saberá quem enganou quem! Quem copiou de quem. Mentem - descaradamente - os dois!
É grande a vantagem do Benfica nos confrontos com o SC Covilhã
Em 43 jogos, 29 vitórias (mais 24 que as 5 derrotas) e 132 golos marcados (mais 87 que os 45 sofridos).
JOGOS TOTAIS POR COMPETIÇÃO com SC Covilhã
Competição | J | V | E | D | GM | GS |
TOTAIS | 43 | 29 | 9 | 5 | 132 | 45 |
Campeonato Nacional | 30 | 22 | 5 | 3 | 90 | 30 |
Taça de Portugal | 10 | 7 | 3 | - | 40 | 11 |
Particulares | 3 | - | 1 | 2 | 2 | 4 |
A estreia dos encontros entre Benfica e SC Covilhã ocorreu na Taça de Portugal mas com o clube serrano a assegurar presenças consecutivas na I Divisão depressa passou a ser um dos jogos mais frequentes em Portugal. Ora em Lisboa, ora no estádio Santos Pinto, os jogos em "altitude" à portuguesa depressa ficaram célebres. Então se fossem no Inverno, entre gelo e nave, alguém havia de sobreviver ao frio e à patinagem.
Anos 50: 1948/49 - 1961/62
Durante 14 temporadas consecutivas, entre 1948/49 e 1961/62, apenas numa - 1957/58 - o SC Covilhã foi parar episodicamente à II Divisão. O período áureo do clube do sopé da serra da Estrela foi nos anos 50. Depois tudo mudou. Mas em 1961/62 ficaram célebres os dois resultados negativos do "Glorioso". Houve quem dissesse que o Bicampeão Europeu sucumbiu internamente quedando-se por um 3.º lugar no campeonato nacional da I Divisão porque foi incapaz de derrotar o clube serrano que até foi... despromovido. Um empate a dois golos na Saudosa Catedral e uma derrota na Covilhã foram insucessos a mais para um clube como o Benfica. O futebol tem, teve e sempre terá, situações destas!
Festa de homenagem a Fernando Cabrita
No início da temporada de 1956/57 o Benfica aceitou o convite para participar, na Covilhã, na Festa de Homenagem ao internacional português Fernando Cabrita. Mas deixemos a homenagem para outro dia. Em 5 de Dezembro de 2014 voltaremos a falar desta dedicação ao Benfica e ao Benfiquismo.Anos 80: 1985/86 e 1987/88
O clube covilhanense conseguiu em meados da década de oitenta ascender ao primeiro escalão. Em duas épocas quatro jogos e outras tantas vitórias do "Glorioso". E há três jogos que o Benfica não sofre golos com nove marcados.
Jogo N.º | Época | Comp | Sit | V | E | D |
01 | 1940/41 | TP | F | 5-0 |
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02 | TP | C | 8-0 |
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03 | 1948/49 | CN | F |
|
| 0-1 |
04 | CN | C | 6-1 |
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05 | 1949/50 | CN | C | 7-1 |
|
|
06 | CN | F | 4-3 |
|
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07 |
1950/51 | CN | C | 3-2 |
|
|
08 | CN | F |
|
| 2-3 |
09 | TP | C | 4-1 |
|
|
10 | TP | F |
| 5-5 |
|
11 |
1951/52 | CN | C | 4-1 |
|
|
12 | CN | F | 1-0 |
|
|
13 | TP | F | 7-0 |
|
|
14 | TP | C |
| 2-2 |
|
15 | 1952/53 | CN | C | 5-0 |
|
|
16 | CN | F |
| 0-0 |
|
17 | 1953/54 | CN | C | 5-1 |
|
|
18 | CN | F |
| 2-2 |
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19 | 1954/55 | CN | C | 2-1 |
|
|
20 | CN | F | 1-0 |
|
|
21 | 1955/56 | CN | C |
| 2-2 |
|
22 | CN | F | 4-2 |
|
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23 |
1956/57 | Par | N |
|
| 0-1 |
24 | CN | F | 3-1 |
|
|
25 | CN | C | 6-0 |
|
|
26 | TP | N | 3-1 |
|
|
27 |
1958/59 | Par | F |
| 2-2 |
|
28 | CN | F |
| 1-1 |
|
29 | CN | C | 2-1 |
|
|
30 | TP | F |
| 2-2 |
|
31 | TP | C | 2-0 |
|
|
32 | 1959/60 | CN | C | 2-1 |
|
|
33 | CN | F | 4-1 |
|
|
34 | 1960/61 | CN | F | 3-1 |
|
|
35 | CN | C | 8-0 |
|
|
36 | 1961/62 | CN | C |
| 1-1 |
|
37 | CN | F |
|
| 1-2 |
38 | 1984/85 | TP | C | 2-0 |
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39 |
1985/86 | Par | N |
|
| 0-1 |
40 | CN | F | 2-1 |
|
|
41 | CN | C | 2-0 |
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42 | 1987/88 | CN | F | 3-0 |
|
|
43 | CN | C | 4-0 |
|
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44 | 2014/15 | TP | F | ? | ? | ? |
TOTAIS | 43 J - 29 - 9 - 5 (132/45) |
O SC Covilhã já foi um clube que fez história no primeiro escalão do futebol português, apoiado nas fábricas de lacticínios e lanifícios da Covilhã. Até tinha futebolistas argentinos e espanhóis, além de alguns dos melhores valores do futebol português, recrutados por todo o País, como os irmãos Cavém (de Vila Real de Santo António) e Cabrita (de Lagos). Depois tudo mudou.
Anos 50 cheios de Benfica-Covilhã para a Taça
E num tempo em que o regulamento estipulava eliminatórias a duas mãos. Em quatro temporadas foram logo sete jogos, porque em 1956/57 foi uma final. Nos anos 40 já tinha havido uma eliminatória a duas mãos: 13-0, mas o adversário militava na II Divisão. Depois os jogos da década de 50 - quatro vitórias e três empates - seguindo-se em 1984/85 uma eliminatória, já a um jogo. E que jogo! Umas meias-finais! Em resumo: seis temporadas, cinco passagens à eliminatória seguinte e uma Taça de Portugal conquistada. À Benfica. Que sábado continue a saga.
JOGOS NA TAÇA DE PORTUGAL com SC Covilhã
Época | SC Covilhã | Fase | Fora | Marcadores | Casa | Marcadores |
1940/41 | 1/4 final II D | 1/8 | V 5-0 | Pires (2 golos) Valadas Álvaro Pereira Lourenço | V 8-0 | F.º Rodrigues(2) Valadas (2) Manuel Barros(2) F.º Ferreira Pires |
1950/51 | 5.º/14 I D | 1/8 | E 5-5 | José Águas (3) Corona Arsénio | V 4-1 | Arsénio (2) Rogério Car. (2) |
1951/52 | 6.º/14 I D | 1/4 | V 7-0 | Rogério Car. (4) Corona José Águas Rosário | E 2-2 | Rogério Car. (2) |
1956/57 | 13.º/14 I D | FIN | --- | Neutro | V 3-1 | (13) Salvador (16) José Águas (21) 2-1 (88) Coluna |
1958/59 | 8.º/14 I D | 1/16 | E 2-2 | Cavém Coluna | V 2-0 | Coluna (2 golos) |
1984/85 | 1.º zc II D | 1/2 | --- | ------------ | V 2-0 | Manniche (2) |
2014/15 | II Liga (12.º/24) | 1/32 | ? | ? | --- | ------------ |
NOTA: A vermelho (primeira mão da eliminatória)
O Glorioso Ruma à Covilhã. Ao Encontro da Glória. Mais Uma Vez!
Alberto Miguéns
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