Benfica
Até Alvalade se 'vestiu' de vermelho!
"Uma viagem à América do Sul, um regresso atribulado e uma recepção apoteótica, desde o Aeroporto até à Baixa.
Recém-conquistada a 'dobradinha' de 1954/55, o Benfica partiu para a América do Sul numa digressão histórica. Aí alcançou o quarto lugar no Torneio Charles Miller e o honroso segundo lugar (ex aequeo com o Valência) na Taça General de Brigada Marcos Perez Jimenez, realizados no Brasil e na Venezuela, respectivamente. Durante a digressão, a comitiva benfiquista foi alvo de várias festas e homenagens, principalmente no Brasil, onde a comunidade portuguesa era mais representativa.
A 7 de Agosto de 1955, um mês e meio após a partida, a delegação benfiquista regressou à capital portuguesa. O cansaço dos jogadores era visível após os 11 jogos realizados no estrangeiro, mas traziam consigo o orgulho de tão bem terem representando o seu Clube e o país e o carinho com que tinham sido recebidos no estrangeiro. Uma escala de voo inesperada levou a várias alterações de hora de chagada, mas o público que esperava a equipa não desanimou porque, em Lisboa, preparava-se a mais grandiosa recepção que um clube de futebol tinha recebido até então.
A cidade vestiu-se de vermelho: bandeiras, emblemas, lenços, chapéus... Homens, mulheres e crianças, todos traziam consigo um acessório encarnado. Era este o ambiente nas imediações do Aeroporto e nos bairros vizinhos, incluindo 'o Bairro de Alvalade, onde foi distribuída uma circular aos moradores, assinada por sócios de vários clubes de Lisboa, pedindo à sua população para enfeitarem varandas, ostentarem bandeiras e dísticos'. O ambiente festivo e os gritos de 'BENFICA! BENFICA! BENFICA!' ecoaram desde aí até à Baixa, onde se situava a Secretaria do Clube. Foram necessárias três horas para que o autocarro com os jogadores conseguisse completar este trajecto, devido ao mar de gente que encheu ruas, praças e avenidas para felicitar a caravana benfiquista.
À chegada à Secretaria, foram exibidos os troféus trazidos da digressão, perante o delírio da multidão que aplaudia e acenava. Entre estes objectos estava a Taça O Mundo Português exposta na área 26. Benfica universal do Museu Benfica - Cosme Damião."
Marisa Manana, in O Benfica
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