Benfica
Bem-vindo Luís Fialho
RESPOSTA Recebi este comentário de Luís Fialho, em 18 de Maio.
Questionei (em 19 de Maio) se podia torná-lo público.
Como recebi autorização, às 10.55 de 20 de Maio, ei-lo.
Caro Alberto,
Tentei comentar no seu blog, mas não consegui aceder à caixa de comentários. Foi pena, pois gostaria que esta resposta ficasse visível aos seus muitos leitores.
Embora o seu texto seja uma crítica ao meu, por estranho que pareça até concordo com muito do que diz.
Apenas pretendi, num texto normalíssimo (que só o período pré-eleitoral torna polémico), realçar um dado que por vezes parece esquecido: é que não há assim tantos presidentes que tenham ganho muitos mais campeonatos do que o actual.
Quanto às diferenças entre os seus e os meus números, elas residem fundamentalmente em duas épocas.
Em 56-57, o Alberto atribui o título a Ferreira Bogalho, e eu considero-o já de Maurício Vieira de Brito, pois este chegou à presidência em Março, segundo o site oficial do clube, terminando pois a temporada. É um critério que utilizei, e que, como diz, nem sempre é fácil de se ajustar aos méritos e deméritos de cada um.
Em 68-69 acontece o mesmo entre Adolfo Vieira de Brito e Borges Coutinho. Como à data da última jornada já era este último o presidente, contabilizei-lhe o título.
Nem um, nem outro dos casos alteram o sentido geral daquilo que pretendi escrever.
Quanto a ser mais papista que o papa, se tiver lido semanalmente tudo aquilo que tenho escrito, encontrará lá bastantes críticas a muitos aspectos do clube. Ainda no ano passado, por esta altura, passei semanas a fio a escrever tudo o que achava mal na gestão do nosso futebol.
Mas uma coisa é criticar, de forma construtiva. Outra é atingir o clube, e atingir as pessoas que, no meu ponto de vista, dão o melhor por ele. E esta é uma altura em que eu acho que o presidente Vieira precisa de apoio. Não por ele, mas por aquilo que eu penso serem os interesses do Benfica.
De resto, é apenas o clube que me move, pois, caso não saiba, ao contrário de outros, nunca recebi um cêntimo do Benfica.
Como sabe, não vivo em Lisboa, e passo meses sem entrar nas instalações do clube, excepto, naturalmente, na bancada onde me sento para assistir aos jogos. Não tenho qualquer relação pessoal ou profissional com nenhum dirigente do Benfica, para além, naturalmente, de os cumprimentar quando os vejo.
No dia em que sair do jornal, sairei pela mesma porta onde entrei: de consciência tranquila por ter tentado ajudar, escrevendo aquilo que, a cada momento, me pareceu mais útil ao clube. E neste momento, o mais útil parece-me ser a união em torno da direcção e do treinador, na denúncia daquilo que realmente nos retirou o campeonato.
Um abraço
Luís Fialho
RESPOSTACaro Luís Fialho,
Ser Benfiquista - e conhecer a história do Clube - moldou-me a personalidade, aprendi a ser tolerante e acatar, democraticamente, as críticas. Não sei como seria se não aprendesse o B-A-BA do Benfiquismo.
Se aceitar, hoje à meia-noite, de 19 para 20, coloco este seu texto como entrada principal do blogue. Eu gostaria. Aceita? Quer retirar alguma consideração mais pessoal? Ou pode entrar como está?
Faço apenas os seguintes comentários {acrescentei o ponto 4 (parte) e 5}:
1. Utilizei uma digitalização do seu texto no jornal O Benfica (que identifiquei), mas não fiz depois qualquer referência ao seu nome, pois nada havia de pessoal. O objectivo foi clarificar a quantificação de títulos: ganhar dois vale sempre ganhar dois, ou três ou quatro em valor absoluto, mas quantos anos de "esforço" para isso?
2. Uma presidência não se inicia quando se ganham eleições, mas sim quando se toma posse do cargo. Há dirigentes eleitos que não chegam a tomar posse, sendo necessário efectivar os suplentes. Há tomadas de posse um mês depois de eleições. Até tomar(em) posse o(s) dirigente(s) eleito(s) não exercem os cargos;
3. Não tenho qualquer dúvida acerca do seu Benfiquismo (a 100 por cento), sem segundas intenções. Por isso tenho muita consideração por si, como sabe;
4. Os anos eleitorais, desde a década de 80, se não estivermos a ganhar, são sempre "complicados". Mas não se pode "matar" a discussão acerca do Clube. Gostava de voltar a ver eleições como nos anos 60 e 70 em que se discutia o futuro, traçavam estratégias e não se entendiam as eleições como um factor negativo, do tudo ou nada. LFV devia acarinhar as alternativas, ouvir as propostas e mostrar que é o que tem melhores soluções para o Clube. LFV não pode ser, não se pode transformar, num eucalipto que mata a vida associativa. E quando ele se for embora? Fica um vazio? Nem ele, nem nenhum dirigente, seja agora ou no futuro;
5. A minha colaboração com o Benfica data do verão de 1993, quando Jorge Brito pediu alguém – eu fui um dos associados indicados - que pudesse rapidamente ajudar o Clube a organizar iniciativas, utilizando a História do Clube, em colecções de postais com legendas históricas, no verso. Fui depois colaborando com vários presidentes, em particular nas publicações do Clube – Manuel Damásio e Vale Azevedo (se bem que saísse do jornal semanal então transformado em revista mensal, em Março de 2000, por pensar que estavam a desvirtuar a Cultura Benfiquista). Sempre graciosamente, como não podia deixar de ser. Quando o presidente Manuel Vilarinho se propôs reactivar o jornal, em 28 de Fevereiro de 2001 (a revista foi suspensa em Agosto de 2000) fui contactado por Carlos Calado/ Luís Lemos para fazer uma página de história no Jornal. Acedi, mas disse que só colaborava se fosse de graça. Aceitaram e colaborei. Quando o jornal passou a ser “explorado” pela ACV (Cunha Vaz) em reunião indiquei que só continuava de fosse remunerado (500 euros mensais, que era o valor mais baixo - assim o exigi, por não fazer parte da redacção - pago a um colaborador permanente, a recibo "verde"! Verde!) porque nunca aceitaria estar a trabalhar de “borla” para um sportinguista, “ainda por cima” no… Benfica (já vem de “longe” a fobia por SCP’s no “Glorioso”). Era humilhante. ACV compreendeu e aceitou. Se não aceitasse eu saía. Quando o nosso Semanário voltou para a SAD, pedi para fazer apenas a página 31 (história), para passar a ser feita, novamente, graciosamente, pois entretanto passara a fazer, também, a página 15. Disseram-me que não, a 15 era importante e a SAD não queria ninguém a trabalhar sem ser remunerado. Pensei sair, mas alegaram que a presença no Jornal e Benfica TV era “muito importante” para o Clube. Como o contrato era anual, ao 2.º ano (depois da ACV deixar a exploração) disse que não renovava – fosse importante ou não – ficando apenas a fazer a página 31 (história), isto porque fui censurado na página 15, pelo Pedro Guerra que alterou um título sem nada me dizer, só me apercebendo depois do jornal impresso. Na edição de 17 de Dezembro de 2010, eu escolhi e escrevi: 2-0! Com Xistra é Goleada! Pois o que saiu e fica para a eternidade é: Uma vitória segura e suada. Um título "amaricado"! E no final da época saiu uma capa com "Xistrados"! Coerência!
Como se sabe acabei a minha colaboração - a escrever, porque continuo com prazer a fornecer informações e estatísticas - no jornal, em Maio de 2011, como tinha começado em Fevereiro de 2001: a fazer a página de história… de borla. Como eu gostaria que tivesse sido sempre! Quanto à Benfica TV! Fui eu (e o António Melo) que quisemos acabar com o “Em Defesa do Benfica”. Não foi o contrário… No Benfica nunca fui “despedido”. Fui eu, sempre, que me "despedi". Mas, também nunca deixei que me “colocassem na prateleira” (onde estão muitos!) mesmo que para isso não se importassem de pagar mais. NUNCA. Na minha Vida Benfiquista mando eu. Por que o Benfica, para mim, não é um modo de vida… o Benfica é o meu Clube. Com muito orgulho. Desde que tenha saúde e emprego, agora, estou nas minhas “Sete Quintas”: pago as quotas, tenho um lugar no estádio (sócio fundador, que comprei em 2003, com a totalidade do dinheiro recebido do editor da colecção de cromos, foi troca-por-troca, nem discuti o valor, disse: faço a caderneta pelo valor – tenho a ideia que ainda nem se sabia quanto custava - do lugar como sócio fundador, pois se não fosse a colecção não teria dinheiro para ser sócio fundador) e nos pavilhões (quota modalidades), ou seja, é para isto que quero o Benfica: um sítio para pagar as quotas e outro(s) para ver a(s) bola(s). E ocupando menos tempo no Jornal e Benfica TV, tenho mais tempo livre para fazer o que mais gosto: pesquisa para a História do Benfica… de borla. Um dia - hoje, amanhã ou depois... - o Clube vai lucrar com a “Base de Dados” (futebol, modalidade e um diário do “Glorioso”) que tenho (talvez única no Mundo) e que vou actualizando, dia-a-dia. Espero que seja útil ao Benfica! E dou-a ao Clube… de borla! Mas… só quando sentir que quem está do outro lado, do lado de dentro do Clube, tem categoria para isso, e não a vai utilizar em proveito próprio. Ai, ai, quando eu contar algumas histórias (acerca do "proveito próprio")…
Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
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