O antigo futebolista António Simões, um dos históricos do Benfica, dá ligeiro favoritismo aos encarnados no clássico de domingo frente ao FC Porto, que tem que "limpar a cabeça" depois da goleada sofrida em Munique.
Em declarações à agência Lusa, o antigo extremo esquerdo, que representou o clube da Luz nos anos 60 e 70, explicou que o encontro da 30.ª jornada da Liga vai ser "difícil" para as duas equipas, mas, com o passar dos minutos, a pressão vai ser ainda maior para os dragões, segundos classificados, que vão entrar em campo a três pontos do líder Benfica.
"O Benfica tem uma pequena vantagem, porque joga em casa, e, portanto, parece-se que tem aqui uma possibilidade de ficar mais perto do sucesso do que o FC Porto. São jogos de um peso enorme e há jogadores que nem sempre nestes clássicos conseguem corresponder. Pela experiência que tenho, quem controlar melhor o estado emocional, tem melhor discernimento e joga melhor", afirmou.
Para Simões, o oitavo da história do Benfica com mais jogos pelo clube (447), a formação de Jorge Jesus "não deve ter urgência em ganhar o clássico" e, sobretudo, tem que saber "gerir e controlar" a partida, já que o empate também serve os seus interesses.
"Tem o jogo todo para procurar a vitória. Tem que saber gerir e controlar o jogo já que o tempo está a seu favor. O FC Porto sabe que se perder ou empatar fica em grandes dificuldades. O Benfica tem que saber ser inteligente", considerou.
Para o antigo internacional luso, que esteve no terceiro lugar de Portugal no Mundial de 1966, o FC Porto vai chegar ao Estádio da Luz depois de ter levado um "soco que deu dor" em Munique, onde foi goleado por 6-1, na segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.
"Quem jogou a bola sabe perfeitamente que ninguém gosta de regressar a casa com um resultado destes. O grande desafio da estrutura do FC Porto é, primeiro, colocar os jogadores com a cabecinha limpa e saudável para poderem jogar bem, e, depois, usar isso como um tónico, um argumento para transportar para o jogo", explicou.
Para António Simões, o brasileiro Jonas, por parte do Benfica, e o colombiano Jackson Martinez, do lado do FC Porto, são jogadores que têm o "talento" de poder resolver a partida, mas, para isso, a bola tem que chegar à frente em condições.
"Antes do último toque para a baliza, há muitos outros toques. Quem faz o trabalho é a equipa. Se a equipa não jogar bem e se não fizer o seu trabalho, então esse jogadores não conseguem resolver porque a bola não chega em condições ao setor avançado", disse.
Atualmente com 71 anos de idade, António Simões representou o Benfica entre 1959 e 1975, tendo conquistado uma Taça dos Campeões Europeus, 10 campeonatos nacionais e cinco Taças de Portugal.
O encontro está agendado para as 17 horas e terá arbitragem de Jorge Sousa, da Associação de Futebol do Porto.
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