William e Artur lideram a Macaca
Como uma boa aniversariante, a Ponte entrou no salão com roupa nova. E não demorou a receber seu primeiro presente, muito por conta da boa vontade do convidado. Na tentativa de cortar a cobrança de escanteio, Helton Leite saiu muito mal e deixou o gol aberto para William. Justo ele, que é quase perfeito na bola aérea. A fase é tão boa que o camisa 9 nem precisou enxergar para balançar as redes pela 24ª vez na temporada.
O tropeço logo no começo intimidou o visitante. O Criciúma não conseguiu avançar a marcação, como faz no Heriberto Hulse, e virou presa fácil para os ataques da Ponte, que aumentou a pressão. Artur, duas vezes por baixo, e William, quase na pequena área, pararam no goleiro catarinense. Gol, pelo jeito, só sairia pelo alto. E assim foi aos 29 minutos: após escanteio de Chiquinho, Artur se antecipou à marcação e testou para a rede: 2 a 0.
A Ponte decidia o ritmo da partida e, para ela, a primeira parte da festa já estava resolvida. Carpegiani pediu paciência no toque de bola, e o time obedeceu prontamente. O Criciúma, por sua vez, não conseguiu fazer o que Vadão queria e apenas assistiu ao dono da casa ir para o intervalo de bem com a torcida.
Régis e Leandro Brasília disputam jogada no primeiro tempo (Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press) Tigre acorda, mas não o suficiente
O Criciúma cansou de ser um convidado comportado. Sem mudanças de nome, alterou a postura. Virou folgado mesmo: abriu a geladeira, pôs os pés no sofá e ligou a música. O ritmo, agora, era catarinense. Ivo isolou a primeira chance, mas Lins não desperdiçou a dele. Em cruzamento de Marlon, o centroavante se posicionou na segunda trave e, com um leve toque, bateu Roberto, imóvel no meio da meta.
Foi aí que os pontepretanos pensaram: fazer festa na minha casa? Sem chance. A apatia dos primeiros dez minutos não se repetiram até o apito final de Dewson Fernando Freitas da Silva. William, de novo pelo alto, forçou a primeira boa defesa de Helton Leite no segundo tempo. Mas o goleiro não estava em um bom dia. Ao sair do gol e tentar adivinhar para onde iria o cruzamento de Artur, foi surpreendido por Everton Santos, que, de cabeça, aumentou a vantagem alvinegra.
A aniversariante já estava de barriga cheia. Três gols, vantagem no placar. Carpegiani, então, usou o banco, com as entradas de Giovanni e Ferrugem (de volta ao futebol após cinco meses parado). No Criciúma, Vadão apostou em Bruno Lopes, mas nem a entrada de um terceiro atacante acordou a equipe. Os laterais pouco apoiaram, e as ausências de João Vitor e Fabinho fizeram muita diferença. Sem criação e velocidade, o Tigre não teve como equilibrar o duelo. No fim, restou bater palmas, porque quem faz aniversário merece parabéns.
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