Cheira a Lisboa, cheira a título
Benfica

Cheira a Lisboa, cheira a título


"Benfica favorito em Coimbra, Sporting favorito no Jamor: Lisboa pode açambarcar os quatro troféus da época em temporada alegre para o Belenenses. O futebol da capital recupera força.

A Lisboa do futebol vive dias felizes. O Benfica tem andado de festa em festa desde Maio do ano passado. O Sporting pode fazer uma grande festa no próximo Domingo. E o Belenenses também tem motivos para sorrir: no último sábado assegurou o regresso às competições europeias, onde não punha o pé há sete longos anos, que é precisamente o tempo do jejum de títulos que os sportinguistas esperam ver terminado no Jamor. Se a lógica prevalecer e os favoritos fizerem valer a lei do mais forte nas final da Taça da Liga (sexta) e da Taça de Portugal (domingo), é muito natural que Lisboa faça mais duas festas.
Depois de amanhã, o bicampeão joga a final da sua competição fétiche com o Marítimo. Em sete edições da Taça da Liga, os benfiquistas conquistaram cinco e chegam a Coimbra com um registo esmagador: 33 jogos consecutivos sem perder nesta prova (última e única derrota: 1-2 em Setúbal a 20 de Outubro 2007) e dez jogos seguidos (951 minutos) sem sofrer qualquer golo. Uma barbaridade. É este o tamanho da montanha que o Marítimo tem de escalar. Tudo parece jogar contra a equipa insular, desde a multidão encarnada no estádio Cidade de Coimbra contra a meia dúzia de adeptos maritimistas; sem esquecer a enorme diferença de potencial sugerida pela recente goleada na Luz (4-1 que era 5-1). Se o Benfica vencer o Marítimo conquista um sexto título consecutivo (por ordem, desde Maio de 2014: Campeonato, Taça da Liga, Taça de Portugal; Supertaça, Campeonato, Taça da Liga), melhorando uma sequência recorde que tem fim marcado para 18h 45 de Domingo no Jamor - quando Sporting ou SC Braga ganharem a Taça de Portugal. O FC Porto conquistou vários vezes quatro títulos seguidos (última ocasião: 2011), mas nunca passou daí. O Sporting ganhou quatro títulos consecutivos uma única vez, entre 1946 e 1949. O Benfica vai com cinco e pode chegar aos seis - mais um recorde para creditar na conta de Jesus.
O último título leonino remonta a Agosto de 2008 (quase sete anos) e a nação verde e branca espera que a final do Jamor seja a da retoma. Lembro-me bem, porque estive lá, da única final entre Sporting e Braga, em 1982, no Jamor. O impagável Malcolm Allison (inglês) era o treinador dos leões e Quinito, treinador bracarense, compareceu de smoking branco, todo catita. O Sporting arrasou (4-0) graças à qualidade do seu maravilhoso tridente ofensivo (Manuel Fernandes - Jordão - António Oliveira) e Allison haveria de contar-me muitos anos depois, numa entrevista que lhe fiz em Newcastle, que a coisa que lhe tinha mais trabalho (naquela equipa) foi compatibilizar os feitios - os egos... - de Jordão e Oliveira no quadro do tal tridente em prol do qual, reconheceu Allison, Manuel Fernandes (o mais fácil de lidar dos três e aquele que Big Mal mais admirava...) terá sido algumas vezes prejudicado.
Como o Benfica em Coimbra, o Sporting parte claramente favorito. Porque tem melhores jogadores que o Braga, porque deu banho de 18 pontos ao adversário no campeonato, porque venceu os confrontos directos, tanto na Pedreira (1-0) como, há dias, em Alvalade (4-1). Porque terá sensivelmente o dobro de adeptos a apoiá-lo no Jamor. Tudo isto é verdade mas, atenção!: se Sérgio Conceição conseguir enganar Marco Silva bem se pode dizer que o SC Braga será um mais que justíssimo vencedor da Taça de Portugal, tendo em conta a dificuldade de uma campanha que meteu vitórias sensacionais em Guimarães (2-1), na Luz (2-1) e uma goleada histórica ao Belenenses na Pedreira (7-1).
Se Benfica e Sporting ganharem as finais, Lisboa fecha o exercício em glória: açambarca os quatro títulos em disputa (Benfica: três; Sporting: um) na época em que o bom velho Belém volta à Europa. Mas só os que começaram a ver futebol na era portista podem pensar que esta é uma proeza inédita. Desenganem-se. O futebol lisboeta tem recordes imbatíveis. Por exemplo: entre Julho de 1940 e Maio de 1956 (16 anos, portanto) os três clubes de Lisboa ganharam todos os 29 títulos em disputa (Sporting: 14; Benfica: 13; Belenenses: 2). Até que o Porto de Dorival Yustrich (dobradinha) acabou com o massacre. Mais tarde, entre Maio de 1969 e Junho de 1975, Benfica (8) e Sporting (5) ganharam 13 títulos de enfiada, sequência interrompida pelo Boavistão de José Maria Pedroto em pleno Verão quente.
(...)"

João Bonzinho, in A Bola



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