Confissões
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"O início da temporada europeia trouxe de novo uma questão recorrente: devem, ou não, os adeptos de um clube apoiar os rivais do mesmo país, quando em provas internacionais?

Não será certamente o debate mais importante do Mundo, mas não deixa de ter algum interesse, até para percebermos o que é efectivamente o Futebol.

A minha posição sobre o assunto nem sempre foi a mesma. Cresci com a ideia bem vincada de que, entre portugueses e estrangeiros, devia apoiar os portugueses, quaisquer que fossem as camisolas que vestissem, quaisquer que fossem as circunstâncias que rodeassem a ocasião. Tanto quanto me lembro, vivi assim as primeiras epopeias internacionais do FC Porto, nomeadamente a derrota na final da Taças das Taças, em 1984 (tinha eu 14 anos), e a vitória, três anos mais tarde, na Taça dos Campeões Europeus. Não chorei a primeira, nem festejei a segunda, mas recordo-me de, durante esses jogos, ceder às emoções manifestadas pelos narradores e comentadores televisivos, embarcando no apoio à equipa portuguesa.

Hoje não penso da mesma forma. Embora entre um estrangeiro honesto e um português corrupto, não hesite em escolher o primeiro, nem sequer estão em causa os métodos - entretanto expostos - que levaram o FC Porto ao seu crescimento competitivo dentro e fora de portas. O que sinto não se limita ao FC Porto, estendendo-se a Sporting, e , mais recentemente, a Sp. Braga. Creio que a representação nacional por excelência, aquela que une os portugueses em torno das bandeiras do seu pratiotismo, é a Selecção Nacional, pela qual torço incondicionalmente. Os clubes representam-se a si próprios, e apesar de compreender a posição politicamente correcta de jornalistas que se querem isentos, não me parece que aos adeptos deva ser exigido tamanha magnanimidade.

Não sou nacionalista, mas sou patriota. Sou do Benfica, e, enquanto português, da Selecção Nacional. Em termos de Futebol ninguém mais me representa."


Luís Fialho, in O Benfica



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