Benfica
Crença vermelha
"O que é que se dizia do mês de Janeiro? Que era um teste decisivo à capacidade do Benfica. Com intensa carga competitiva, várias provas em discussão, ou confirmava a disposição da equipa para atacar com audácia a segunda metade da temporada ou poderia conduzi-la ao precipício.
O que é que se tem visto no mês de Janeiro? Um Benfica mais autoritário, mais organizado, mais criativo, mais sedutor. Um Benfica mentalmente mais persuadido, mais consistente, mais forte.
Nem todos os jogos constituíram expressão cabal de uma equipa poderosa? Porventura, a tempo inteiro, já que a espaços emergiu, amiudadas vezes, o melhor Benfica, a réplica quase perfeita do grande Benfica da época transacta.
O que é que resulta deste mês de Janeiro? Uma campanha imaculada, um fluxo de moral, uma empatia com os adeptos que só pode traduzir-se num Benfica convincente até ao termo do ano futebolístico.
Com provas para vencer?
Com várias competições susceptíveis de serem ganhas. Todas elas?
Campeonato, Liga Europa, Taça de Portugal, Taça da Liga?
Fazer o pleno é improvável, ainda assim improvável é, também, que o Benfica não reforce, a breve trecho, a sua montra de troféus.
Há mais e melhor Benfica. Não fossem as imoralidades do começo da temporada e a situação até seria semelhante à do ano passado. A resposta às múltiplas adversidades, sobretudo no contexto doméstico, tem sido firme, corajosa e prometedora. Por isso mesmo é que vale a pena mobilizar vontades e acreditar neste Benfica."
João Malheiro, in O Benfica
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