GERAÇÃO MERCENÁRIA
Benfica

GERAÇÃO MERCENÁRIA



Autor: JOEL FILIPE PERPÉTUO/23 ANOS/ ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO

 
Depois de tempos onde no futebol mundial e português pontificavam lendas vivas cujo o seu nome era associado a um clube, exemplos do nome Jorge Costa ainda hoje é associados ao Futebol Clube do Porto, o caso de Nuno Gomes que ainda hoje é associado ao Benfica, entre outros exemplos como Totti no Roma, ou Buffon à Juventus, o que mais existe é exemplos de jogadores que mesmo que não tenham começado a carreira num clube, acabaram por ganhar amor e respeito à camisola que defendem e fazer um projecto de vida sólido num só clube, hoje isso não é possível salvo raríssimas excepções, vivemos sem dúvida na geração dos mercenários.

Hoje vemos jogadores que ainda agora apareceram no mundo do futebol e que devem tudo ao clube que os formou ( exemplo de Bruma) a exigirem e baterem o pé com vontade de sair, quando ainda nem sequer se afirmaram, vemos jogadores saírem a meio da época, comprometendo as aspirações da equipa, apenas por ambição pessoal, hoje os jogadores não sentem o peso da camisola, apenas querem bons contratos e pouco mais.

É claro que muitos vão dizer, que existem ligas superiores á portuguesa em termos financeiros e isso é suficiente para abandonar um clube, é óbvio que sim, mas não deixa de ser verdade que o ordenado de um profissional de futebol em Portugal que actue nos principais clubes é mais do que suficiente para viver o resto da vida tranquila, por isso percebe-se perfeitamente que se exige, que apareçam mais Héltons, Luisões e Andersons Polgas nos clubes, não porque a sua qualidade seja bestial mas porque a mística e identidade de um clube é feita por referências, e numa geração onde a referência individual da maioria é o cifrão do dinheiro, é complicado continuar a encher estádios e fazer com que os adeptos sintam sintonia com a equipa.

Há Benfiquistas que não sentem sintonia com uma equipa onde 90 % dos jogadores vêm no Benfica uma rampa de lançamento, e o que mantém os adeptos verdadeiramente fieis à equipa é o passado e o orgulho no clube e não o plantel actual, assim como no Porto qualquer jovem da formação sabe que não tem lugar na equipa , e poucos jogadores ficam muitos anos no Porto, todos querem o melhor contrato, o que mantém os adeptos portistas fieis à equipa são os títulos conquistados pelos planteis em construção que vai tendo, mas em nenhuma destas duas equipas que dei como exemplo existe uma entidade e jogadores carismáticos como existia nos anos 90 por exemplo, o futebol mudou e hoje é complicado criarem-se lendas em clubes de média dimensão.



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