Benfica
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MORTE DE FERNANDO CABRITA É GRANDE PERDA PARA O FUTEBOL PORTUGUÊS
O falecimento, esta segunda-feira, do antigo jogador, treinador e selecionador nacional, Fernando Cabrita, aos 91 anos, «é uma grande perda para o futebol português», disse a A BOLA a antiga glória dos relvados José Augusto, com quem partilhou o comando da Seleção no Euro-84, em França.
«Não sabia. Apanhou-me desprevenido. Sabia que ele estava num lar. Fica uma imensa saudade. Apresento as minhas mais sentidas condolências à família, em particular à viúva e à filha. Era um homem e um colega real e respeitador. Queria as coisas sempre direitas. Mas, como bom algarvio, não se coibia da sua ‘boca’ mais bem humorada, como bom marafado», afirmou-nos o Magriço, que em 1984 partilhou com Cabrita o leme da Seleção Nacional no Europeu de França.
«Eu e Fernando Cabrita tomávamos as decisões, Toni e o também já falecido António Morais eram os nossos adjuntos. Assumimos ainda a tempo da vitória sobre a URSS, na antiga Luz [1-0], decisiva para a qualificação para o Europeu, e fizemos a fase final. Depois do Euro voltei à formação da federação e ele saiu sa estrutura», recordou José Augusto, que, além de ministrar treinos, jogou a seu lado.
«Dentro de campo era um operário, daqueles de arregaçar as mangas e trabalhar, trabalhar, trabalhar. Mas bastante exigente. E se tinha de manifestar a sua discordância não hesitava. Sempre, sempre um colega leal. Que descanse em paz», foram os votos que deixou à despedida.
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