O MISTÉRIO DA DITA SUPER-ESTRUTURA
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O MISTÉRIO DA DITA SUPER-ESTRUTURA



António Samagaio discorda de Angelino Ferreira

Num artigo escrito para o jornal "Público" no dia 21 de Junho, Angelino Ferreira defendeu que a co-propriedade de passes de jogadores com alguns fundos económicos era a única solução que o FC Porto tinha para continuar a ser competitivo no plano internacional, contudo, António Samagaio, professor de contabilidade no ISEG, não concorda com o administrador portista. "As empresas podem recorrer a várias fontes de financiamento com diferentes níveis de rendibilidade/custo e risco, desde que tais fontes sejam compatíveis com os seus interesses. Daí que os contratos de associação económica devam ser considerados como uma opção e não, como afirma o dr. Angelino Ferreira, 'a alternativa' ao financiamento bancário", atirou, em artigo também escrito no jornal "Público".

Na opinião de António Samagaio, os empréstimos obrigacionistas são uma boa forma dos clubes garantirem mais dinheiro com as transferências de jogadores, dando o exemplo de James Rodríguez e João Moutinho. "Existindo disponibilidade do mercado para financiar a FC Porto SAD, não teria sido preferível obter por uma daquelas vias o financiamento necessário à compra dos jogadores (James e Moutinho)? Para encontrarmos resposta a esta questão, basta vermos que o custo associado à recompra dos direitos económicos foi de 9,375 milhões de euros, um valor manifestamente superior ao custo de 1,3 milhões de euros caso optasse por um empréstimo obrigacionista remunerado a 7% ao ano", explicou.

Não compreende a postura do FC Porto perante os prováveis encaixes futuros com James e Moutinho

O FC Porto terá optado pela venda de partes dos passes de James Rodríguez e João Moutinho porque apenas estaria à espera de "algum retorno financeiro", mas António Samagaio não compreende essa postura. "Segundo o que é dito, a FC Porto SAD perspectivou a eventualidade de receber apenas 'algum retorno financeiro' com Moutinho e James, o que não deixa de ser estranho, pois trata-se de uma perspectiva de algum modo contraditória com uma das vertentes mais bem sucedidas do seu modelo de negócio: adquirir jovens jogadores, desenvolvê-los e vendê-los a posteriori aos grandes clubes europeus. Relembro que, entre 2006/07 e 2011/12, a FC Porto SAD investiu 269 milhões de euros na aquisição dos jogadores e obteve 196 milhões de euros em mais-valias nas transacções dos passes. Neste domínio, a FC Porto SAD é considerada um case study no panorama europeu. Por isso, era provável que os investimentos naqueles dois jogadores de inigualáveis qualidades desportivas pudessem originar ganhos assinaláveis, à semelhança de Anderson, Pepe, Quaresma, etc...", sublinhou.

No seu artigo, Angelino Ferreira admitia que a intenção da sociedade portista era "acrescentar valor aos accionistas", mas o professor de contabilidade não compreende esse discurso. "Valor? Mas que valor? Valor económico? O passado não é ilustrativo desse objectivo das sociedades cotadas. A 30 de Junho de 2012, a FC Porto SAD apresentava uma situação financeira de falência técnica, com prejuízos acumulados de 87,8 milhões de euros. O auditor tem expressado nos seus relatórios algumas incertezas sobre a continuidade da sociedade, alertando que esta está dependente da ocorrência de determinados acontecimentos futuros. Embora o valor nominal seja de 5 euros, o mercado atribui uma cotação de 0,31 euros em 18 de Junho de 2013. Apesar da FC Porto SAD ter considerado que a 'evolução da cotação das suas acções não apresentava um comportamento economicamente racional', os factos revelam que a ambição pelo sucesso desportivo tem levado a SAD a gastar para além daquilo que é comportável pelos rendimentos gerados na sua actividade. O prejuízo de quase 36 milhões de euros registado em 2011/12 é bem elucidativo da situação e que ultrapassa largamente os lucros acumulados entre 2007 e 2011. Por isso, é com algum espanto que vejo a manifestação de contentamento com as elevadas rendibilidades proporcionadas aos parceiros de negócio, enquanto se constata que a FC Porto SAD não tem vindo a criar valor para os accionistas", concluiu no artigo escrito no "Público"

Fonte: noticias-do-futebol
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