Benfica

O OUTRO LADO DE JORGE JESUS

O outro lado de Jorge Jesus

TREINADOR EVIDENCIOU BOA DISPOSIÇÃO E SIMPATIA

O treinador do Benfica com o diretor de Record, António Magalhães

Foi num restaurante em Carnide que Jorge Jesus e restante equipa técnica do Benfica marcou encontro com os jornalistas do Record. Um almoço onde o treinador dos encarnados partilhou muitas histórias dos tempos de jogador, muitas delas em comum com o agora adjunto Miguel Quaresma, antes colega de equipa no Atlético e Estrela da Amadora. Um almoço com muito futebol à mesa e, já agora, muito saudável. A maioria optou pelo peixe enquanto Evandro Mota, como bom brasileiro, preferiu o naco na pedra. Um prato que o consultor motivacional do Benfica comeu pela primeira vez e que o deixou rendido.

O futebol foi tema de conversa ao almoço

E foi já de estômago cheio que a comitiva chegou à sede da Cofina ao início da tarde. A primeira paragem era o estúdio de fotografia, situado no 3.º e último piso. Seria aí que o treinador do Benfica iria receber o Prémio Artur Agostinho e realizar a sessão fotográfica. Cedo começaram a aparecer os primeiros curiosos, funcionários da nossa empresa desejosos de pedir um autógrafo a Jorge Jesus ou tirar uma fotografia com o técnico. Uma das primeiras dedicatórias foi para o filho de uma trabalhadora da Cofina. “Ele tem 14 anos? Então só sabe o que é ver coisas boas no Benfica desde que eu sou o treinador”, atirou o técnico, sorrindo de imediato.

Piropo.

Foi o primeiro “aviso” da boa disposição que marcou a visita do técnico, de 60 anos. Mais à frente, o elogio veio de outra pessoa e, digamos, extra futebol. “Você é mais bonito ao vivo”, ouviu-se vindo de uma voz feminina, provocando logo sonoras gargalhadas. “Ainda bem que diz isso. Dê cá um beijinho”, respondeu Jesus.

Passados uns minutos, chegou-se finalmente ao estúdio de fotografia. À espera já estava Miguel Barreira, redator principal de Record. Surgiu então a primeira dúvida: Jorge Jesus faria a sessão fotográfica com o casaco vestido ou sem ele? “Você é que sabe, você é que é o técnico”, disparou o técnico... encarnado. Miguel Barreira resolveu a questão com umas fotografias de teste e foi apenas de camisa branca que Jesus recebeu o prémio Artur Agostinho das mãos de António Magalhães, diretor de Record.

Discurso.

“Na última década, o Record tem distinguido personalidades do mundo do futebol, exceção feita ao ano passado [venceu o ciclista Rui Costa]. Este ano, resolvemos devolver o prémio aos homens do futebol, não porque o futebol seja a alegria do povo, mas porque os méritos da figura a quem decidimos entregar são credores do nosso merecimento. Jorge Jesus merece ser distinguido não só pela época de ouro que fez, mas também por tudo o que deu ao futebol português, como jogador e treinador. É no banco, na pele de treinador apaixonado e competente, vibrante e rigoroso, destemido e inovador, que Jesus tem conseguido, ao longo de uma carreira longa e ascensional e rica em experiências e conquistas, marcar uma geração. Jorge Jesus conquistou a pulso e por direito próprio o seu lugar na história do Benfica e do futebol português e é inteiramente justo que fique também na história de Record como o vencedor de um prémio que perpetua o nome de um comunicador por excelência”, realçou o diretor António Magalhães. Palavras que deixaram Jorge Jesus orgulhoso.

Cumpridas as formalidades, era tempo da sessão fotográfica com o prémio. O troféu, feito de vidro, não é assim tão leve quanto isso, o que levou a mais uma tirada de Jorge Jesus. “O que vale é que faço musculação. Mas para o ano deviam entregar o prémio a um pugilista”, disse o técnico. Miguel Barreira foi disparando o “flash” para um fundo negro onde sobressaia Jorge Jesus, o troféu e, já agora, o “R” vermelho de Record. E foi assim que foram feitas dezenas de fotografias, sempre com a disponibilidade e simpatia de Jorge Jesus. Pouco depois, juntou-se a restante equipa técnica. Mais uma vez, todos sem casaco. “Se estivéssemos mais bronzeados até ficávamos em tronco nu”, acrescentou Jesus, sempre bem-disposto.

A sessão decorria normalmente e era gravada em vídeo pela repórter de imagem, Mara Nunes – a reportagem pode ser vista esta sexta-feira no programa “Hora Record”, na CMTV – o que levou Jesus, intrigado, a perguntar: “Por que é que dizem ‘cameraman’ e não dizem ‘camerawoman’”? Boa questão.

Solicitações.

Foi mais de meia hora no estúdio, mas como o leitor comprova pelas páginas que está a ler, valeu bem a pena. Mas as fotografias não se ficaram por aqui. É certo que não foram as máquinas fotográficas do Miguel Barreira ou do Vítor Chi a tirá-las, mas sim os “smartphones” que surgiam, uns atrás dos outros. Começou logo na redação da “Flash”, com 8 (!) mulheres a rodear o técnico do Benfica, ocasião aproveitada para Jesus lançar... o seu charme. “O mais bonito que Deus criou neste Mundo foram as mulheres”, atirou, deixando-as rendidas.

Seguiam-se as fotografias, os autógrafos, até que alguém pediu... um vídeo. Não, não foi a Mara Nunes. Foi mesmo uma jovem funcionária da Cofina, que queria enviar um vídeo de Jorge Jesus ao namorado. O treinador fez pose e deixou a mensagem: “Bernardo, não a percas que ela é muito bonita. Tem atenção!”

Jesus durante a visita ao Record

Com tantas solicitações, o tempo ia passando. Por isso, o trajeto entre o estúdio de fotografia e a redação de Record durou quase outra meia hora – e atravessar dois corredores e descer dois lances de escadas demora, normalmente, menos de um minuto, acredite em nós.

Jesus chegou, finalmente, à redação e cumprimentou, de imediato, os jornalistas da casa. Muitos já conhece bem, costuma estar sentado à frente deles nas salas de imprensa dos estádios portugueses e estrangeiros. O treinador viu como se faz um jornal diário e terminou a visita com uma passagem pela sala de reuniões. É lá que está uma placa de homenagem de Record a Jorge Jesus com a data de junho de 2012. Uma pequena distinção que antecedeu uma bem maior: Jesus é o vencedor do prémio Artur Agostinho 2014.

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