Benfica

Onda vermelha

"O Benfica mostrou que é uma combinação perfeita entre jogadores e treinador e os adeptos. Na Luz houve festa. A festa do futebol.

1. O Benfica mostrou frente ao Sporting Clube de Braga que uma equipa é uma combinação perfeita entre jogadores e treinador e os adeptos. Na Luz foram mais de sessenta mil a empurrar a equipa para uma vitória clara e para uma exibição que, especialmente na primeira parte banalizou os jogadores liderados por Sérgio Conceição. Mas na Luz houve festa. A festa do futebol. Muitas e muitas famílias. Muitas e muitas mulheres. Milhares de jovens. Que acreditam na equipa. Que vibram com os golos. Que mostram orgulho nas camisolas que envergam ou nos cachecóis que exibem. E a festa de ontem foi bonita. Mesmo muito bonita.

2. (...)

3. Muito se fala em arbitragens, em Portugal. Dos erros acima de tudo. Quando a arbitragem é positiva vale o silêncio. Na convicção que «o acerto é mais difícil que o erro»! É que «fácil falar; é difícil saber falar; mas ainda é mais difícil saber calar»! Se revirmos o jogo de Londres - que opôs o Chelsea ao PSG - percebemos bem que o árbitro holandês - em rigor os cinco árbitros - mostrou, no mínimo, alguma desorientação. O que valeria, entre nós, um coro de críticas. Mas, na Europa, sabe-se que, e tendo em conta as duras regras da UEFA, que o que importa é estar calado. Bem calado. Mesmo que seja fácil falar!

4. Pouco de tem falado, em Portugal, de um verdadeiro terramoto que, em França, está a atingir o seu râguebi. O responsável é um livro de um jornalista, Pierre Ballester, que, em profundidade, nos mostra como o doping atinge, com dureza, a verdade desportiva desta modalidade bem querida de milhões de franceses. Trata-se de um dossier negro que começa nos anos oitenta do século passado e que chega aos tempos modernos. Onde há substâncias menos detectáveis e que perturbam, e muito, a forma como víamos, e reconhecíamos, o râguebi de alta competição, o râguebi de uma das ligas de topo desta interessante modalidade. É que «a verdade pode calar-se ou dizer-se; mas nunca adulterar-se nem contradizer-se»!

5. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

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