Benfica
Os miseráveis
"Os miseráveis não têm cor: vestem sinistramente de negro como aves de rapina. São escuros como uma ameaça. E têm um chefe: o mais miserável de todos os miseráveis. O chefe dos miseráveis não tem respeito por si próprio e, por isso, ninguém o respeita. Exibe-se, vaidoso, sem perceber que provoca asco às pessoas decentes. O Madaleno trata-o como um cão e ordena-lhe que se enrosque a seus pés. O chefe dos miseráveis obedece, feliz, lambendo as botas que de vez em quando lhe pontapeiam o focinho. E então gane, feliz. Os miseráveis têm uma vida larvar perante o poder e são abutres dispostos a bicar a carne daqueles que querem viver de coluna direita, do outro lado da barreira. Sujeitos à prepotência corrupta de quem lhes ordena, guardam para si a prepotência miserável para com que não tem defesa.
Os miseráveis vivem de cócoras. São paus mandados, submissos e subservientes, servis e resignados, baixos e curvados. Não conseguem ser homens porque para se ser homem é preciso dignidade. Há miseráveis tão miseráveis que se sujeitam a beijar a mão (e o pescoço!) dos que os obrigam a dobrar a cerviz. Isto é: há miseráveis tão miseráveis que metem nojo, provocam vómito! (Ah! Ignóbil Azeiteiro-de-cabeça-d'unto, que torpe existência a tua!). Mas os miseráveis têm vidas atrás de vidas. Um erro mínimo, involuntário, que desagrade a D. Palhaço faz com que sejam imediatamente esmagados como reles insectos pelos tacões das botas desse poder infecto.
Depois ficam obrigados a recuperar a existência à custa de malfeitorias infames dirigidas contra aqueles que não se vergam. É assim a triste existência dos miseráveis, mamíferos invertebrados sujeitos ao desprezo até daqueles a quem multiplicam os favores. Sobrevivem. Vão sobrevivendo sempre à custa de nunca terem sido espinha. Teremos de aprender a sacudi-los, tal como quem sacode da lapela do casaco vestígios embaraçosos de incomodativa caspa."
Afonso de Melo, in O Benfica
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O Fado Do 31
"1. Há quem lhe chame bazófia. Outros preferem bravata, fanfarronice, farronca, embuste, empáfia, prosápia, ou mesmo charlatanaria ou paparrotice. Por mim é igual. São palavras giras. Geralmente, os autores dessas tais jactâncias, caem no ridículo...
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Objectivamente (corruptos)
"Os dirigentes e adeptos do FCP não se cansam de insultar o árbitro, Bruno Paixão, culpando-o pela derrota frente ao Gil Vicente. Ainda se ouvem ecos de uma célebre arbitragem em Campo Maior, quando Jardel e José Soares protagonizaram uma vulgar...
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De Maçon A Garçon
"O Copiador de Livros Alheios, talvez cansado de roubar parágrafos e piadas a autores estrangeiros, decidiu desta vez dedicar-se à nobre arte da culinária, transformando-se num mestre-cuca ridículo, tão parolo como daquela vez que meteu na cabeça...
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Os Pilha-galinhas
"Eles não são ladrões porque até para roubar é preciso arte. Eles não roubam, não assaltam, não furtam. São demasiados mesquinhos e tacanhos para isso. São forra-gaitas, mesmo quando só tocam concertina. Eles esponjam-se na lama, figuras menores,...
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Objectivamente (mst)
"O articulista fanático do FêCêPê, Miguel Sousa Tavares, vem esta semana, mais uma vez, 'cuspir na sopa', isto é, no jornal que lhe dá guarida, dizendo que a maior força do Benfica reside na Comunicação Social, através de jornais e jornalistas...
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