Tranquilidade, lealdade, qualidade, elegância, longevidade.
Os adjectivos para a descrever o jogo de Paolo Maldini são curtos, sempre foram, tal foi a classe que destilou durante duas décadas nos relvados italianos, arrebatando o coração das fãs pelo visual e dos fãs por ser, talvez, o melhor defesa-central de sempre.
Embora tenha jogado épocas a fio a lateral-esquerdo, foi a defesa-central que mais se notabilizou, com uma limpeza incrível, Maldini não era central de jogo duro, de marcação impiedosa, de morder os calcanhares aos avançados. Com uma qualidade técnica acima da média para a posição que ocupava, optava antes por um jogo de saída de bola, construção a partir da zona defensiva, sempre de cabeça levantada, “lendo” o jogo e percebendo onde estavam colocados os colegas para fazer o passe acertado, tendo também uma capacidade de corte limpo incrível.
O eterno capitão do AC Milan, é mais que um jogador, é um símbolo. 25 Anos de Milan conferiram-lhe um estatuto que ombreava com o divino no coração dos tiffosi milanistas! Maldini também era um exemplo de fair-play, tendo sempre um discurso ponderado e ciente da importância de cada palavra.
Maldini foi uma referência no futebol italiano, europeu e mundial, tendo uma vastíssima legião fãs do seu jogo, da sua postura, da sua devoção ao clube e da sua longevidade que fez com que nos deliciássemos com centenas de jogos de Maldini ao mais alto nível. Um jogador que atravessou gerações e criou um legado, que sejam quais forem os centrais do Milan futuramente dificilmente obterão a paixão, a veneração e respeito que Paolo Cesare Maldini, “Il Capitano”, tem nas bancadas de San Siro.
E lanço uma pergunta em jeito de desafio: Futuramente, alguma vez teremos um jogador com tanto charme futebolístico que Maldini emanava em cada jogada, em cada corte, em cada cabeceamento, em cada sprint?
Paolo Maldini, talvez, o melhor central de sempre.
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