Benfica
O ex-selecionador nacional lembra que deixou o comando técnico da equipa das Quinas por comum acordo mas frisa que não partiu dele a iniciativa de sair. Diz que se dependesse apenas de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, provavelmente, teria continuado.
«A decisão não partiu de mim. Reunimos dois dias após o jogo com a Albânia e analisámos o momento da Seleção e as condições que existiam para seguir o caminho que tínhamos definido. No dia a seguir chegou-se à conclusão que não havia condições», disse Paulo Bento em entrevista àRTP.
Questionado se decidiu sair ou foi empurrado, o treinador atirou:
«Nem uma coisa nem outra. Conversei com o presidente e chegou-se a essa decisão por comum acordo. Na quarta-feira o presidente comunicou-me que não iriam continuar a contar com os meus serviços. Suponho que foi uma decisão da Direção.»
Paulo Bento duvida que a decisão tenha partido exclusivamente de Fernando Gomes:
«Não acredito. Se fosse pela vontade do presidente, possivelmente, hoje continuaria a ser selecionador nacional. Claro que, dentro da Direção, chegou-se à conclusão que seria melhor prescindir dos meus serviços. Não foi uma decisão só do presidente.»
«Avaliámos as condições que existiam e tenho claro que não existiam as mesmas condições após o jogo com a Albânia. Foi uma conversa franca, aberta, que levou o presidente a falar com outras pessoas e a decidirem, em conjunto, o que seria melhor para a federação», prosseguiu.
O desastre com a Albânia, no arranque da qualificação para o Euro-2016, foi «a gota de água». «Havia algumas coias anteriores e, tendo em conta a decisão que foi tomada, suponho que foi uma decisão da Direção da Federação. O resultado não foi o desejável frente a uma equipa que tínhamos a obrigação de ganhar. Acabou por trazer à baila muita coisa que se passou no Mundial. As coisas não estariam tão consistentes e, por isso, acabámos por chegar a esta situação.»
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Benfica
PAULO BENTO CONFIRMA EM ENTREVISTA QUE NÃO SE DEMITIU (LEIA)
O ex-selecionador nacional lembra que deixou o comando técnico da equipa das Quinas por comum acordo mas frisa que não partiu dele a iniciativa de sair. Diz que se dependesse apenas de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, provavelmente, teria continuado.
«A decisão não partiu de mim. Reunimos dois dias após o jogo com a Albânia e analisámos o momento da Seleção e as condições que existiam para seguir o caminho que tínhamos definido. No dia a seguir chegou-se à conclusão que não havia condições», disse Paulo Bento em entrevista àRTP.
Questionado se decidiu sair ou foi empurrado, o treinador atirou:
«Nem uma coisa nem outra. Conversei com o presidente e chegou-se a essa decisão por comum acordo. Na quarta-feira o presidente comunicou-me que não iriam continuar a contar com os meus serviços. Suponho que foi uma decisão da Direção.»
Paulo Bento duvida que a decisão tenha partido exclusivamente de Fernando Gomes:
«Não acredito. Se fosse pela vontade do presidente, possivelmente, hoje continuaria a ser selecionador nacional. Claro que, dentro da Direção, chegou-se à conclusão que seria melhor prescindir dos meus serviços. Não foi uma decisão só do presidente.»
«Avaliámos as condições que existiam e tenho claro que não existiam as mesmas condições após o jogo com a Albânia. Foi uma conversa franca, aberta, que levou o presidente a falar com outras pessoas e a decidirem, em conjunto, o que seria melhor para a federação», prosseguiu.
O desastre com a Albânia, no arranque da qualificação para o Euro-2016, foi «a gota de água». «Havia algumas coias anteriores e, tendo em conta a decisão que foi tomada, suponho que foi uma decisão da Direção da Federação. O resultado não foi o desejável frente a uma equipa que tínhamos a obrigação de ganhar. Acabou por trazer à baila muita coisa que se passou no Mundial. As coisas não estariam tão consistentes e, por isso, acabámos por chegar a esta situação.»
O ex-selecionador nacional garante que o empresário Jorge Mendes, representante de vários jogadores da Seleção, nunca teve qualquer tipo de influência nas convocatórias.
«Qual é o peso de Jorge Mendes? Representa muitos jogadores, representa o selecionador nacional e outros selecionadores que passaram. Há pouco tempo ouvi uma barbaridade que Jorge Mendes não podia representar o selecionador nacional e que não podia representar treinador e jogadores do mesmo clube. A minha relação com Jorge Mendes é profissional, temos também uma relação de amizade, mas cada um sabe o que são as suas funções. A melhor coisa que posso dizer, por ser verdade, é que nunca, em momento algum, o Jorge teve qualquer tipo de interferência. Ele conhece-me o suficiente para saber que isso não era possível», disse Paulo Bento em entrevista àRTP.
«Qual é o peso de Jorge Mendes? Representa muitos jogadores, representa o selecionador nacional e outros selecionadores que passaram. Há pouco tempo ouvi uma barbaridade que Jorge Mendes não podia representar o selecionador nacional e que não podia representar treinador e jogadores do mesmo clube. A minha relação com Jorge Mendes é profissional, temos também uma relação de amizade, mas cada um sabe o que são as suas funções. A melhor coisa que posso dizer, por ser verdade, é que nunca, em momento algum, o Jorge teve qualquer tipo de interferência. Ele conhece-me o suficiente para saber que isso não era possível», disse Paulo Bento em entrevista àRTP.
Fernando Santos, José Peseiro, Vítor Pereira e Jesualdo Ferreira são alguns nomes apontados à Seleção Nacional. Paulo Bento diz que todos têm condições para assumir o cargo de selecionador.
«Não tenho dúvidas mas não me compete a mim decidir. São treinadores com capacidade para serem selecionadores, com provas dadas. Não gosto de individualizar. O presidente (da federação) tomará a melhor decisão. Consenso? Quando se entra existe e ao primeiro momento negativo termina», disse em entrevista à RTP.
Paulo Bento considerou que Rui Jorge, atual selecionador dos sub-21, também tem perfil para treinar a Seleção principal: «É competente, não tenho dúvidas.»
«Não tenho dúvidas mas não me compete a mim decidir. São treinadores com capacidade para serem selecionadores, com provas dadas. Não gosto de individualizar. O presidente (da federação) tomará a melhor decisão. Consenso? Quando se entra existe e ao primeiro momento negativo termina», disse em entrevista à RTP.
Paulo Bento considerou que Rui Jorge, atual selecionador dos sub-21, também tem perfil para treinar a Seleção principal: «É competente, não tenho dúvidas.»
Paulo Bento não acredita que Cristiano Ronaldo tenha tido qualquer tipo de influência na saída do cargo de Selecionador Nacional.
«Se o fez (influenciou decisão), só os elementos da Direção da Federação o podem dizer. Se acredito que o tenha feito? Não quero acreditar, porque se invertiam os papéis, virava do avesso a hierarquia e abria um precedente que não seria bom, nem para o presidente nem para o jogador», disse em entrevista à RTP, acrescentando:
«Não acredito que um jogador, por mais influente que seja, possa influenciar uma direção.»
Questionado sobre a relação que tinha com Cristiano Ronaldo, Paulo Bento atirou:
«É quando se perde que conheço melhor as pessoas. Quando se ganha, vamos embalados pela alegria, pela satisfação. Não esperava nem mais nem menos de Ronaldo. Foi o melhor jogador que treinei, ajudou-nos a alcançar muitos objetivos. Tenho certeza de que contribui para que ele tivesse uma fase de grande rendimento na Seleção.»
Melhor capitão, João Moutinho
Paulo Bento também foi convidado a comentar se Cristiano Ronaldo foi o melhor capitão de equipa com que se cruzou:
«Trabalhei com muita gente experiente. Ronaldo é hoje uma pessoa mais madura do que era há uns anos. É um jogador de qualidade tremenda, um excelente profissional, cumpridor. Em dez anos, foi o melhor com que trabalhei, sim. Se tivesse de escolher um jogador, escolhia João Moutinho pela qualidade, profissionalismo e capacidade de entender as ideias do treinador. Trabalhei com ele muito tempo no Sporting, sob esse ponto de vista é extremamente completo.»
O ex-selecionador desvalorizou, porém, o estatuto do capitão:
«Damos demasiada relevância à braçadeira.»
«Se o fez (influenciou decisão), só os elementos da Direção da Federação o podem dizer. Se acredito que o tenha feito? Não quero acreditar, porque se invertiam os papéis, virava do avesso a hierarquia e abria um precedente que não seria bom, nem para o presidente nem para o jogador», disse em entrevista à RTP, acrescentando:
«Não acredito que um jogador, por mais influente que seja, possa influenciar uma direção.»
Questionado sobre a relação que tinha com Cristiano Ronaldo, Paulo Bento atirou:
«É quando se perde que conheço melhor as pessoas. Quando se ganha, vamos embalados pela alegria, pela satisfação. Não esperava nem mais nem menos de Ronaldo. Foi o melhor jogador que treinei, ajudou-nos a alcançar muitos objetivos. Tenho certeza de que contribui para que ele tivesse uma fase de grande rendimento na Seleção.»
Melhor capitão, João Moutinho
Paulo Bento também foi convidado a comentar se Cristiano Ronaldo foi o melhor capitão de equipa com que se cruzou:
«Trabalhei com muita gente experiente. Ronaldo é hoje uma pessoa mais madura do que era há uns anos. É um jogador de qualidade tremenda, um excelente profissional, cumpridor. Em dez anos, foi o melhor com que trabalhei, sim. Se tivesse de escolher um jogador, escolhia João Moutinho pela qualidade, profissionalismo e capacidade de entender as ideias do treinador. Trabalhei com ele muito tempo no Sporting, sob esse ponto de vista é extremamente completo.»
O ex-selecionador desvalorizou, porém, o estatuto do capitão:
«Damos demasiada relevância à braçadeira.»
O Benfica está bem servido de treinador, diz Paulo Bento, que recusa colocar-se a lista de sucessores de Jorge Jesus.
«Sucessor de Jorge Jesus? Eu? Não sou sucessor de ninguém. O Benfica está bastante bem servido de treinador, tem feito um trabalho extraordinário. Não estou disponível para ser sucessor de ninguém. Estou à espera para quando chegar um projeto analisar», disse em entrevista à RTP.
«Sucessor de Jorge Jesus? Eu? Não sou sucessor de ninguém. O Benfica está bastante bem servido de treinador, tem feito um trabalho extraordinário. Não estou disponível para ser sucessor de ninguém. Estou à espera para quando chegar um projeto analisar», disse em entrevista à RTP.
O regresso ao Sporting é uma possibilidade que Paulo Bento não descarta, mas o ex-selecionador diz que Marco Silva tem todas as condições para fazer um bom trabalho no clube de Alvalade.
«Regressar ao Sporting? Não podemos dizer que desta água não beberei», disse Paulo Bento em declarações à RTP, onde elogiou o atual treinador leonino:
«Marco Silva fez um percurso extraordinário no Estoril, levou o clube desde a 2.ª Liga à competições europeias. É jovem, competente e tem todas as condições para fazer bom trabalho.»
«Regressar ao Sporting? Não podemos dizer que desta água não beberei», disse Paulo Bento em declarações à RTP, onde elogiou o atual treinador leonino:
«Marco Silva fez um percurso extraordinário no Estoril, levou o clube desde a 2.ª Liga à competições europeias. É jovem, competente e tem todas as condições para fazer bom trabalho.»
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