Esta quarta-feira, a equipa principal do Sport Lisboa e Benfica desloca-se à capital francesa para lograr um feito inédito no Clube: alcançar dois triunfos consecutivos nas duas primeiras jornadas da Fase de Grupos da “Champions”.
A tarefa não se antevê nada fácil. O campeão francês não está como se esperava na Liga, é verdade, mas não é menos verdade que derrotou o Olympiacos, na Grécia, por 1-4 e pelas individualidades é oponente de respeito.
Do lado do Benfica joga a certeza de um apoio que nestes momentos faz questão de dizer: Presente! Os emigrantes portugueses – a juntar aos muitos benfiquistas que, decerto, vão viajar de Portugal – nunca negam o apoio aos “encarnados” em Paris e o dia 2 de Outubro não deverá ser excepção.
Joga ainda, o facto de o Benfica dar-se bem, historicamente, com o Paris Saint-Germain. As duas formações defrontaram-se por quatro ocasiões nas competições europeias e o saldo é positivo ao emblema luso, com dois triunfos, um empate e uma derrota.
Aliás, acrescentar que o Benfica eliminou sempre os parisienses quando se encontraram. Em 2006/07, na Taça UEFA, depois da derrota, por 2-1, no Parc des Princes, o Benfica deu a volta na Luz (3-1). Em 2011/12, a mesma competição, o mesmo desfecho. Triunfo em Lisboa, empate em Paris.
A hora decisiva chega às 19h45. No Parc des Princes, Paris Saint-Germain e Benfica vão discutir a liderança do Grupo C.
De onde vêm os perigos
Comandada por Laurent Blanc, o Paris Saint-Germain pode jogar em 4x3x3 ou em 4x4x2. Em 4x3x3, os franceses são mais conservadores, abdicam do médio criativo e colocam um “miolo” com mais músculo. Verratti, Matuidi e Thiago Motta ocupam esses lugares. A defesa é composta por Sirigu na baliza e o quarteto com Maxwell, Van der Wiel, Thiago Silva e Marquinhos. Sem Thiago Silva (está lesionado e não sabe se recupera) poderá avançar Camara. Na frente, Cavani aparece pela esquerda, Lucas, aberto, à direita e Ibrahimovic como referência.
Em 4x4x2, o PSG é mais imprevisível. Na defesa nada muda, mas o meio-campo perde um homem defensivo e ganha, por norma, Menéz na ala esquerda e Pastore a organizar. A frente de ataque é preenchida por um Ibrahimovic mais fixo e outro avançado mais móvel. Cavani ou Lavezzi serão os escolhidos, com o uruguaio na “pole position”.
“Troca-tintas”
O registo histórico entre o Paris Saint-Germain e o Benfica não se vê só em jogos, mas também na troca de jogadores. Tudo começou no final da época 1990/91. Depois de se terem sagrado Campeões Nacionais no Benfica, Valdo e Ricardo Gomes rumaram a Paris para serem treinados por… Artur Jorge, curiosamente, o técnico a quem tinham “roubado” o título.
Mais recentemente, em 2005/06 chegou à Luz, Cristián Rodríguez proveniente do Campeão francês. Outro jogador que também representou os dois emblemas foi Laurent Robert.
S.L. BENFICA