Que fazer?
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Que fazer?


Estranha-se esta sensação de estar em celebração interior e ser atacado pela perda de peças "chave" no bicampeonato e, pior, perceber que tenho de me preparar para mais baixas. Por mais apelos à razão não é fácil. Podem dizer-me que no futebol moderno a fidelidade clubística é território exclusivo dos adeptos. Sei de tudo isso, mas custa saber que o jogador que vi fazer juras de amor eterno à camisola do Glorioso será o primeiro a trocar essa paixão por um compreensível conforto material.
Não se trata apenas do desejo sempre adiado de um defesa tranquilo, sem vendas, trocas ou empréstimos. É mais do que isso. É também a necessidade de resistir a uma captura do futebol pelas forças da razão.
Chegará um novo ponta-de-lança entusiasmante para substituir o ídolo de hoje e a admiração pelo centro-campista de toque subtil que nos abandonou revelar-se-á efémera assim que o jovem talento tiver espaço para se afirmar. Pouco importa: se deixarmos que se transforme num território onde a irracionalidade e as paixões absolutas perdem todo o espaço para a gestão rigorosa e a sustentabilidade financeira, para que é que servirá exatamente o futebol? Que fazer, então? Encontrar um equilíbrio entre racionalidade e paixão na forma como se gere um clube, até porque no Benfica os principais dividendos a distribuir são as vitórias. Basta ver o futebol poético do Bernardo no Europeu sub-21 para se ter a certeza que nenhuma análise custo-benefício é capaz de calcular o valor patrimonial da paixão benfiquista daquele miúdo. Nunca, em circunstância alguma, podia ter sido vendido.
Já Maxi, depois de todas as exigências e das ameaças de sair para um rival, delapidou o capital que tinha e perdeu a mística de outros tempos. Faço minhas as palavras do grande Toni: "Por mim, já tinha marchado."

Pedro Adão e Silva, in jornal Record



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