Benfica
Depois do pesadelo no Mundial-2014, Júlio César diz que foi no Benfica que reencontrou a paixão pelo futebol. O guarda-redes brasileiro não esconde o desejo de terminar a carreira de águia ao peito.
«Não me vejo a jogar hoje noutro clube que não seja o Benfica. Depois do Mundial-2014 a minha autoestima estava muito em baixo, estava muito desanimado, e o Benfica abriu-me as portas, acreditou em mim e no meu trabalho, sobretudo o presidente. Acho que hoje demonstro no campo que ele fez uma boa escolha. E acredito que não só ele como a SAD e a torcida benfiquista devem estar satisfeitos com o meu trabalho. Isso aumenta mais a minha responsabilidade. Sim, pretendo encerrar a carreira aqui e encerrar num nível muito, muito bom», disse em entrevista a A BOLA.
Aos 36 anos, não define, porém, uma data para pendurar as luvas:
- Quando tinha 25 anos dizia que ia jogar até aos 30. É uma coisa muito cultural no mundo dos jogadores de futebol. Hoje, com 36, não faço planos nesse sentido, tenho de viver dia a dia, treino a treino, jogo a jogo. Encontrei um clube que me deixa fisicamente bem fora das quatro linhas, com um trabalho específico muito bom e tudo isso me ajuda a ter um desempenho bom nos jogos. Se começar a impor limites a mim próprio isso pode resultar numa queda de rendimento. Acho que tenho de ir até onde o corpo aguentar, até onde achar que não vou estar a prejudicar, treinando, jogando e cuidando-me bem. Pode ser até aos 38, até aos 40, até aos 41, não se sabe...
O processo de renovação, esse, vai acontecer em breve:
- Tenho um relacionamento muito bom com o presidente, aberto e franco, e esse é um assunto que não me preocupa a mim e acho que nem a ele. Por aqui você percebe que tudo está a ser conduzido com muita calma e com a certeza de que um dia a renovação vai chegar. Pode ser daqui a uma semana, duas semanas, um mês. A minha preocupação hoje é treinar-me bem, jogar bem, manter o nível que tenho apresentado e ajudar a equipa.
Abandonar o futebol foi ideia que passou pela cabeça de Júlio César depois do Campeonato do Mundo, porém, o brasileiro reencontrou o Benfica o gosto pelo jogo. O sonho de voltar a vestir de verde e amarelo e de conquistar um título Mundial com a seleção é sonho que ainda vive.
«Quando terminou o jogo com a Alemanha falei com a minha família e ela foi à concentração para uma reunião que eu pedi ao Felipão com a equipa técnica, jogadores e a minha família. Estava a despedir-me da seleção. Aliás, não só estava a despedir-me da seleção mas do futebol também, pois comuniquei que queria terminar a carreira. Todos ficaram muito surpreendidos. Foi uma coisa muito emocional porque estava sem chão, não só eu como todos naquele momento porque aquele jogo com a Alemanha foi um pesadelo que vivemos. Coloquei na minha cabeça que não queria jogar mais. Na zona mista também me perguntaram e disse que tinha chegado o momento de dar oportunidade a outros, porque estava com 34 anos e no Mundial seguinte teria quase 39», começou por dizer em entrevista a A BOLA, sublinhando que agora tudo é diferente:
- Mas hoje, vivendo tudo o que eu estou a viver na minha carreira e mostrando o que estou a mostrar, acho que posso continuar a sonhar, respeitando quem lá está e tem condições para isso. Defender a seleção brasileira é algo que me motiva ainda, porque tenho o grande sonho de ser campeão no Mundo. Se surgir uma chamada vou com o maior prazer. Mas não gostaria de forçar, o Brasil tem guarda-redes formidáveis. Estou no meu canto, quieto, e se voltarem a chamar-me irei com o maior prazer.
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Benfica
QUERO ACABAR A CARREIRA NO BENFICA
Depois do pesadelo no Mundial-2014, Júlio César diz que foi no Benfica que reencontrou a paixão pelo futebol. O guarda-redes brasileiro não esconde o desejo de terminar a carreira de águia ao peito.
«Não me vejo a jogar hoje noutro clube que não seja o Benfica. Depois do Mundial-2014 a minha autoestima estava muito em baixo, estava muito desanimado, e o Benfica abriu-me as portas, acreditou em mim e no meu trabalho, sobretudo o presidente. Acho que hoje demonstro no campo que ele fez uma boa escolha. E acredito que não só ele como a SAD e a torcida benfiquista devem estar satisfeitos com o meu trabalho. Isso aumenta mais a minha responsabilidade. Sim, pretendo encerrar a carreira aqui e encerrar num nível muito, muito bom», disse em entrevista a A BOLA.
Aos 36 anos, não define, porém, uma data para pendurar as luvas:
- Quando tinha 25 anos dizia que ia jogar até aos 30. É uma coisa muito cultural no mundo dos jogadores de futebol. Hoje, com 36, não faço planos nesse sentido, tenho de viver dia a dia, treino a treino, jogo a jogo. Encontrei um clube que me deixa fisicamente bem fora das quatro linhas, com um trabalho específico muito bom e tudo isso me ajuda a ter um desempenho bom nos jogos. Se começar a impor limites a mim próprio isso pode resultar numa queda de rendimento. Acho que tenho de ir até onde o corpo aguentar, até onde achar que não vou estar a prejudicar, treinando, jogando e cuidando-me bem. Pode ser até aos 38, até aos 40, até aos 41, não se sabe...
O processo de renovação, esse, vai acontecer em breve:
- Tenho um relacionamento muito bom com o presidente, aberto e franco, e esse é um assunto que não me preocupa a mim e acho que nem a ele. Por aqui você percebe que tudo está a ser conduzido com muita calma e com a certeza de que um dia a renovação vai chegar. Pode ser daqui a uma semana, duas semanas, um mês. A minha preocupação hoje é treinar-me bem, jogar bem, manter o nível que tenho apresentado e ajudar a equipa.
Abandonar o futebol foi ideia que passou pela cabeça de Júlio César depois do Campeonato do Mundo, porém, o brasileiro reencontrou o Benfica o gosto pelo jogo. O sonho de voltar a vestir de verde e amarelo e de conquistar um título Mundial com a seleção é sonho que ainda vive.
«Quando terminou o jogo com a Alemanha falei com a minha família e ela foi à concentração para uma reunião que eu pedi ao Felipão com a equipa técnica, jogadores e a minha família. Estava a despedir-me da seleção. Aliás, não só estava a despedir-me da seleção mas do futebol também, pois comuniquei que queria terminar a carreira. Todos ficaram muito surpreendidos. Foi uma coisa muito emocional porque estava sem chão, não só eu como todos naquele momento porque aquele jogo com a Alemanha foi um pesadelo que vivemos. Coloquei na minha cabeça que não queria jogar mais. Na zona mista também me perguntaram e disse que tinha chegado o momento de dar oportunidade a outros, porque estava com 34 anos e no Mundial seguinte teria quase 39», começou por dizer em entrevista a A BOLA, sublinhando que agora tudo é diferente:
- Mas hoje, vivendo tudo o que eu estou a viver na minha carreira e mostrando o que estou a mostrar, acho que posso continuar a sonhar, respeitando quem lá está e tem condições para isso. Defender a seleção brasileira é algo que me motiva ainda, porque tenho o grande sonho de ser campeão no Mundo. Se surgir uma chamada vou com o maior prazer. Mas não gostaria de forçar, o Brasil tem guarda-redes formidáveis. Estou no meu canto, quieto, e se voltarem a chamar-me irei com o maior prazer.
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