Tem sido criticado pela suposta falta de aposta em jovens da Formação do Sport Lisboa e Benfica. Em entrevista ao “Record”, Jorge Jesus esclarece, garantindo que forma jogadores não pela sua idade ou nacionalidade… e dá exemplos.
“Essa é uma ideia completamente errada. Como não aposto? O que é a formação? São os jogadores que só estão no Benfica? Para mim não! Formar é trabalhar jovens, sejam eles portugueses, chineses, brasileiros... Tem 18, 19 anos? É formação. Markovic tinha 18 anos, vendido por 30 milhões; André Gomes, 20 anos, vendido por não sei quantos milhões; Rodrigo, vendido por não sei quantos milhões; Oblak, 20 anos, vendido por não sei quantos milhões. Digam-me um treinador no Mundo que faça isto! Isto é formação. Agora se é chinês, português isso não me interessa. Formo jogadores e não nacionalidades”, disse, esclarecendo: “Claro que os mais jovens não têm os mesmos conhecimentos de jogo que os jogadores mais experientes. As exigências de um patamar para o outro são grandes, mas há jogadores que não sentem tanto essa dificuldade. O Markovic não a sentiu, tal como o Talisca, o André Gomes ou o André Almeida. Não se esqueçam que fui buscar o André Gomes e o André Almeida à equipa B. Demoraram dois anos, sempre a jogar, quer na Champions quer na Liga, até chegarem à Selecção. O André Almeida foi internacional, tal como André Gomes, que até foi transferido. E o Valência não o comprou por aquilo que o viu jogar nos treinos, mas sim nas provas europeias e na Liga portuguesa. A evolução deles em dois anos foi um processo muito rápido. Normalmente demoraria três ou quatro anos.”
Treinador em entrevista ao “Record”
Jorge Jesus: “Festa no Marquês é a coisa mais bonita”
É a sexta temporada ao leme da equipa de Futebol profissional do Benfica, e conta já com dois títulos nacionais conquistados. Este ano, o Bicampeonato é o principal objectivo de Jorge Jesus que, com apenas sete jornadas decorridas, é líder da tabela classificativa e leva já quatro pontos de vantagem sobre o segundo classificado. Em entrevista ao jornal “Record”, o técnico desvaloriza a vantagem e alerta que as contas só se fazem no final.
“É mérito nosso, em sete jogos só empatámos um. Agora, não é determinante. É um ciclo, são sete jornadas nas quais estivemos melhores do que os rivais. É bom, estamos mais moralizados, confiantes, mas não se ganham campeonatos à 7.ª jornada”, alertou o treinador das “águias”.
Quatro pontos de vantagem que permitem, agora, uma melhor gestão da prova.“Só tem uma vantagem: quem corre à frente pode gerir melhor. Nunca se pode perder, mas quando se está de baixo para cima a parte psicológica pesa mais, porque não se pode perder pontos. De resto, não tem vantagem nenhuma”, ecsclareceu.
O Bicampeonato é um dos temas que tem marcado o discurso do treinador de 60 anos. Jorge Jesus sonha repetir o feito do ano passado que juntou a nação benfiquista um pouco por todo o Mundo. “Claro que sim, estamos a trabalhar para isso. Para viver essa manifestação de identidade, de paixão, de sentimento. Só quem já esteve lá duas vezes é que sabe. Até nos emocionamos só de nos lembrarmos disso. É a coisa mais bonita! Qual é a prova em Portugal que provoca essa paixão? Estou convencido que se um dia o Benfica fosse campeão europeu não teria 300/400 mil pessoas no Marquês. Só o campeonato nacional leva a isso”, recordou.
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