Robin dos Bosques Pimba
Benfica

Robin dos Bosques Pimba


OPINIÃO
             
Assistimos nestas eleições para a Liga (LPFP) a mais uma pantomina, tal como já tinha ocorrido nas eleições para a FPF.

Antes das eleições na Liga
Na eleição para a FPF qualquer dos candidatos servia os interesses do FC Porto: Fernando Gomes por ser um homem de mão de Pinto da Costa/PdC (provável sucessor na presidência da FC Porto – Futebol SAD) que levou dos corpos gerentes da LPFP os elementos que interessavam ao portismo (entre eles o presidente da Comissão Disciplinar da Liga, portista e associado do FCP, Herculano Lima, agora presidente do Conselho de Disciplina da FPF). Além disso, PdC através da acção do presidente da Associação de Futebol do Porto (Lourenço Pinto) ainda conseguiu cavalgar as eleições com a criação de uma candidatura “testa de ferro” com o objectivo de androizar mais o Conselho de Arbitragem da FPF através de Paulo Costa, que numa composição de um órgão obtida através do método de proporcionalidade ficou bem representado, dando ao FC Porto motivos de satisfação. Ou seja, PdC (e o FCP) não necessitava de apoiar ninguém, porque estava com os dois, votando num (Fernando Gomes/ Vítor Pereira) e esperando sucesso do outro (Paulo Costa). O que interessa (essencialmente) ao FC Porto é controlar o Conselho de Arbitragem. E conseguiu-o.

Jogada “dupla” para as eleições na Liga
Com a Liga a perder funções e competências para a FPF, PdC apostou tudo na FPF e ganhou. Depois, foi gerir as eleições para a Liga, que passou a ter essencialmente três funções: organização das competições sob a sua jurisdição, sustentabilidade económica do futebol profissional (patrocínios, angariação de verbas – por exemplo, contratos televisivos, direitos de imagem, etc.) e divulgação da modalidade.

Falar de António Laranjo, mas lançar Mário Figueiredo
A candidatura de António Laranjo foi um “isco” lançado para cobrir a eleição de Mário Figueiredo que como se viu apresentou medidas que visam prejudicar o Benfica. Ou pelo menos, entre todos, será o mais lesado. Porque é o clube que é mais prejudicado com os dois principais objectivos de Mário Figueiredo: a negociação dos contratos televisivos e o alargamento do Campeonato Nacional (neste em paralelo com o FC Porto, se bem que haja diferenças…) O maior cego não é o que não vê é o que não quer ver.

Quanto vale o monopólio televisivo?
Qualquer pessoa minimamente informada e atenta sabe que, na economia, quando não há concorrência, ou seja, em domínio de monopólio os interesses dos monopolistas é limitarem o poder negocial dos “consumidores”. O melhor que ocorreu para a Olivedesportos (monopólio das transmissões televisivas em sinal fechado e pago) é a Liga querer negocial em bloco, ou seja, numa negociação nem vai haver a dita, trata-se de conversações: diz tu, digo eu. É que a proposta de negociação em bloco que a Liga quer implementar só fazia sentido se não houvesse monopólio, que é o que acontece nos países desenvolvidos, aliás com Mário Figueiredo a dar exemplos de vantagens como se houvesse semelhança de mercado: dimensão e operadores. Se não houvesse monopólio as várias operadoras interessadas nos jogos teriam de apresentar propostas diferenciadas para a Liga escolher a melhor. Em monopólio não! A Liga será obrigada a aceitar o que a Olivedesportos oferecer. Pensará ele que lá por trabalhar em escritórios de advogados ligados aos andróides engana os Benfiquistas. Vai-te catar… Pimba.

As estruturas dirigentes do futebol português estão nas mãos de Pinto da Costa, que já se dá ao luxo de jogar nos vários tabuleiros… sem tomar (como é óbvio) preferência por nenhum.

O QUE QUER A (ACTUAL) LIGA

Nivelar o futebol português por baixo
O actual quadro competitivo do principal escalão do futebol português é constituído por 16 clubes, desde 2006/07, ou seja nas seis últimas edições do Campeonato Nacional. A redução de quatro jornadas (de 34 para 30) permitiu – foi a justificação – ter disponibilidade de calendário para criar e inserir a Taça da Liga. Agora, o Pimba pretende alargar o Campeonato Nacional para 34 jornadas (18 clubes). Uma fórmula para atrair votantes, mas à custa da diminuição da qualidade do futebol praticado, pois vai aumentar o número de emblemas que jogam um futebol defensivo, repulsivo para que gosta de futebol. E que nem dá para apurar tácticas para as competições europeias onde se jogo à procura do golo. No “Futeluso” joga-se CONTRA, na UEFA joga-se COM. Fisicamente haverá maior desgaste dos principais clubes que terão menos tempo para prepara os jogos das competições europeias (em particular, a Liga dos Campeões), quanto a mim, a principal vantagem da redução de 18 para 16 clubes depois de 2006/07. O FC Porto terá menos problemas, porque vai fazer deslocações mais curtas, pois o futebol do 2.º escalão (II Liga) está repleto de clubes a norte do rio Mondego. Nos oito primeiros (metade superior da classificação) da Liga Orangina estão seis (!) emblemas de localidades a norte do Mondego (excepções: GD Estoril-Praia e Atlético CP. É assim esta época e nas próximas…

Limitar as receitas televisivas do Benfica
Com a possibilidade de negociar os contratos/direitos televisivos em bloco, o clube mais prejudicado será o Benfica pois é aquele que poderá ser mais afectado com a mania de “tirar aos grandes, para dar aos pequenos”. Que ninguém se iluda, diminuir a possibilidade de aumentarmos as receitas é diminuir a nossa capacidade de defrontar o FC Porto e de ombrear frente aos colossos europeus. O que interessa é nivelar por baixo. O FC Porto não é prejudicado porque tem os contratos televisivos negociados até 2017/18 e já recebe mais – desviado pelo facto de nos pagarem abaixo do retorno que proporcionamos - do que o retorno que oferece. E se para o “Glorioso” as receitas televisivas são percentagem importante, para o FCP nem tanto, porque fazem muitos milhões de euros na transacção de passas de futebolistas, vendidos muito acima dos valores que valem, ou seja, enfiam barretes por essa Europa fora!

Mário Figueiredo é o Robin dos Bosques “à portuguesa”, pensa que vai conseguir roubar os Grandes para dar aos Pequenos. Quando o padrinho cair, o Pimba cairá também…

Alberto Miguéns

NOTA: Quanto ao Sporting CP! Como se escreveu – e está no arquivo – no EDB em 28 de Novembro de 2011:
                  
Eu Vou…

Fazê-los inchar
Como se previa assim que o SCP começasse a encontrar jornadas do Campeonato Nacional com maior grau de dificuldade é que as suas capacidades seriam testadas. O calendário do SCP, muito desigual, porque complicado de início e muito complicado no final, permitiu que a comunicação social fosse moralizando o plantel e entusiasmando os adeptos, cada vez… em menor número. Como vai ser, agora, em que nas três últimas jornadas da primeira volta os sapóides vão jogar com três equipas cujos clubes estão classificados na metade superior da tabela classificativa (2.º, 5.º e 8.º lugar), incluindo uma deslocação à “Pedreira” e uma recepção aos andróides. Completamente ao contrário do nosso calendário, teoricamente, mais fácil, com um jogo muito complicado (12.ª jornada, nos Barreiros, frente ao 4.º classificado) e três mais fáceis (10.º, 14.º e 15.º lugar). 


Um clube em decadência acentuada
E as dificuldades para o SCP prolongam-se – apesar do calendário facilitado no seu grupo da 5.ª Taça da Liga – em finais de Janeiro e início de Fevereiro, ou seja, no início da segunda volta, com deslocações a dois recintos de clubes que foram conquistar pontos ao estádio sportinguista: SC Olhanense e CS Marítimo. Vamos esperar… mas surpreendia-me se na 18.ª jornada o SCP não estiver, pelo menos, a 10/ 12 pontos do “Glorioso”!

Já estão a… onze…. E ainda não jogaram em Olhão e nos Barreiros.

O Sporting CP vai pagar no futuro, com juros, a subserviência ao FC Porto após o Projecto Roquette, em 1999/2000. No início “lucraram” ficando à frente do Benfica, mas no futuro seria sua ruína. Como está a ser… O PdC deu-lhes o “Beijo da Morte” final.



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