A Universidad Católica foi melhor durante toda a primeira etapa, não só por conta da qualidade de sua dupla de ataque (Sosa e Castillo, com cabelo à la El Shaarawy), mas também pelo nervosismo de alguns são-paulinos, como Paulo Miranda (improvisado na lateral direita) e Douglas (na esquerda).
O primeiro gol saiu aos 16, quando o volante Tomás Costa pegou na intermediária, passou por Rodrigo Caio e Paulo Miranda, e trombou com Toloi. A bola sobrou para Sosa, livre, bater colocado, à esquerda de Rogério Ceni. A resposta veio dois minutos depois. De costas para o zagueiro, numa jogada típica de pivô de futsal, Aloísio recebeu de Maicon, girou sobre o marcador e bateu na saída do goleiro.
O jogo continuou a 100km/h. Aos 22, Douglas escorregou e proporcionou contra-ataque para a Católica. Após boa troca de passes, Cordero recebeu na esquerda e chutou forte, deixando os donos da casa novamente à frente no placar. Não deu nem tempo para comemorar. No minuto seguinte, Ganso fez bela enfiada para Aloísio, que cortou o goleiro Toselli e tocou para o gol vazio.
Aloísio comemora um de seus dois gols pelo São Paulo contra a Universidad Católica (Foto: AP) As chances de gol não paravam de surgir. Aloísio ainda criou outra boa finalização girando como pivô, mas eram os chilenos quem tinham maior volume de jogo. Nos 15 minutos finais, a Católica ocupou todo o campo do São Paulo, encurralando o time paulista. Foram pelo menos quatro oportunidades claríssimas de gol - uma na trave, uma salva em cima da linha por Maicon e duas grandes defesas de Ceni.
Ceni pega tudo, e Tricolor mata nos contra-ataques
Diante do volume de jogo apresentado pela Católica, Muricy resolveu mexer no time - trocou um apático Denilson por Welllington, mais "pegador". A missão era colar no armador Mirosevic, que teve muito espaço no primeiro tempo. Mas a Católica continuou deitando e rolando. E a batata estourava sempre em Ceni.
Numa atuação como há muito tempo não se via, o goleiro, que já havia feito duas grandes defesas no primeiro tempo, espalmou de forma impresssionante um chute à queima-roupa de Sosa, aos 5. O estádio San Carlos de Apoquindo, lotado, ficou em silêncio.
A partir daí, como se movido pela segurança de seu goleiro, o São Paulo melhorou. O time, finalmente, encaixou a marcação. E se cercou para apostar apenas nos contra-ataques. Deu certo. Aos 19, Aloísio fez a assistência para Ademilson (em posição irregular) bater na saída do goleiro: 3 a 2.
A Católica partiu para o desespero. E Ceni voltou a aparecer, em nova defesaça, desta vez em chute de Cordeiro, aos 23. No minuto seguinte, porém, o árbitro paraguaio Antonio Arias viu um pênalti de Douglas em Sosa. Mirosevic converteu e recolocou o time chileno no jogo.
Foi quando Ganso apareceu. O meia passou a ditar o ritmo tricolor. E Welliton mostrou estrela. O atacante, que entrou no lugar de Aloísio, cansado, recebeu bom passe do camisa 8 e tocou por baixo do goleiro Tosselli, garantindo a vitória e a classificação. A nota negativa foi a expulsão de Ganso nos acréscimos, em desentendimento com Muñoz. Nada que ofusque, porém, a grande atuação de Ceni.
Welliton comemora o gol da vitória do São Paulo (Foto: AP)fonte:globoesporte.com