TANGO ARGENTINO FAZ A DIFERENÇA NO DÉRBI LISBOETA
Benfica

TANGO ARGENTINO FAZ A DIFERENÇA NO DÉRBI LISBOETA



Autor: JOÃO MÂNTUA, 22 ANOS, ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO

 
O jogo era digno de cartaz, mas só uma das partes correspondeu a expectativa inicial em torno do dérbi Lisboeta. O Benfica a jogar em casa, mostrou o porquê de ser o líder isolado do campeonato; tendo asfixiado por completo um Leão que se revelou uns furos bem abaixo daquilo que nos habituou na presente temporada.

O jogo mal tinha começado e já o Benfica criava perigo para a baliza à guarda de Rui Patrício por intermédio de Rodrigo; este acabou por se revelar ao longo de todo o jogo muito perdulário na hora de finalizar.

O tempo passava, o Benfica ia coleccionando oportunidades desperdiçadas; até que ao minuto 27’, Nico Gaitán respondeu da melhor forma a um cruzamento teleguiado de Maxi Pereira, o golo marcado levou ao delírio os muitos adeptos encarnados presentes no estádio. O Benfica justificava a vantagem por ser a única equipa em campo à procura do golo. Nota ainda para uma oportunidade falhada de forma escandalosa por parte Nico Gaitán à passagem do minuto 39’, após um passe longo de Garay.

O jogo ia para intervalo, mas nem isso fez mudar a postura com que os leões se apresentaram em campo para o reatar do jogo. Aliás, o jogo acabou por ser de sentido único; Rui Patrício foi adiando o que parecia inevitável, realizando defesas de grande classe. Foi o único jogador leonino que se apresentou ao seu verdadeiro nível e mostrou mais uma vez o porquê de ser o dono da posição de guarda-redes na selecção nacional.

Corria o minuto 75’, Rui Patrício voltava a defender o que se esperava ser um golo de Rodrigo. Na ressaca desta jogada o Sporting respondeu de imediato para o ataque, mas acabou por perder a bola a meio do seu meio-campo para Enzo Pérez que cavalgou triunfalmente até à entrada da grande área, aí driblou Eric Dier e rematou em jeito, surpreendendo o guarda-redes leonino que ficou estático perante a trajectória da bola. O golo motivou a ira de Leonardo Jardim que não poupou Eric Dier perante a passividade evidenciada no lance do 2º golo.

O golo de Enzo Pérez acabou por tranquilizar os encarnados que, por força dos acontecimentos da época transacta queriam a todo o custo garantir uma vantagem que lhes permitisse encarar os minutos finais com alguma tranquilidade, não havendo lugar para dissabores de última hora.

No final da partida, o consenso em torno da questão do vencedor era generalizado, não restando dúvidas quanto à justeza do resultado. Penso que a questão do adiamento da partida acabou por penalizar a equipa leonina que acabou por perder o factor surpresa por força da alteração do esquema táctico. No entanto, esta premissa não pode servir de desculpa e o facto é que houve um Benfica a mais para um Sporting a menos.

Um bem-haja ao Fair-Play registado!



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