Tarde Piaste… (parte n)
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Tarde Piaste… (parte n)


OPINIÃO
         
É engraçado ver (ler e perceber) a evolução de alguns escribas da imprensa portuguesa, porque a apreciação nas rádios e televisões é mais difícil visto – os elementos de prova – serem mais difíceis de obter e comparar.

Os andróides fonte de corrupção
Um dos problemas da sociedade portuguesa são as falsas aparências. Problema que não é de agora e está relacionado com o facto de Portugal nunca ter sido uma meritocracia, mas sempre uma cunhocracia. E que se tem agravado nos últimos tempos, com a corrupção generalizada, da qual os andróides são um motor, dela beneficiando porque também a produzem…

Intelectuais ou burgueses pedantes
A abundância de falsos intelectuais cria condições para a generalização da mediocridade. Um intelectual é importante numa sociedade, tal como qualquer artista, porque “nem só de pão vive o homem”. Os intelectuais, enquanto pensadores são fundamentais para reflectirem acerca de assuntos de interesse comum, analisarem a sociedade contemporânea, estabelecerem uma hierarquia da importância e promoverem a qualidade, por exemplo, ou seja, exercerem a crítica construtiva. Ao contrário daqueles que se fazem passar por intelectuais e que mais não são que “burgueses pedantes”. De tudo falam e dissertam, mas sem coerência e sem rigor mas com comprometimento e dependência, não conseguem criar valores nem valorizar a sociedade.

Passaste a ver em vez de olhar… e deu nisto
José António Saraiva (JAS) é um dos melhores exemplos do “falso intelectual” ou seja, nunca passou de um burguês pedante. Ele que até é filho de um grande (este sim…) intelectual português – António José Saraiva (1917 – 1993).

Vindo da direcção do semanário Expresso, JAS chegou ao “Record” a expor todo o seu pedantismo – pensar que é importante, na sociedade e pensamento, mas não passar de um traste, com erudição, mas sem cultura.  E como seria de esperar (que é próprio do pedantismo) lá veio com a lengalenga do costume, e que tem como expressão máxima o postulado (que, por ser pedante, nunca foi (nem é) verificado): “No final das competições, como os erros se equivalem, o campeão é sempre o melhor”.

Agora, que passou a ver os jogos – para fazer as suas crónicas semanais – em dez de olhar apenas para eles – para discutir com os comensais no Tavares ou no Gambrinus - já faz crónicas deste tipo:



Bem-vindo (se for para manter a coerência) ao clube do um por cento – os que vêem o futebol – em vez de olhar apenas para ele (os restantes 99 por cento).

Alberto Miguéns



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