Benfica
Um líder histórico do futebol mundial
"O Mário Coluna tinha um estilo imperial. Pisava o campo como um conquistador e a sua liderança projectava-se não apenas na sua equipa e nos seus companheiros, mas também no adversário.
Chamaram-lhe monstro sagrado. Havia nele um respeito, diria até, uma santa veneração, que também resultava de uma imagem de serenidade que tornava imperceptível as marcas de qualquer sentimento.
Foi protector de Eusébio. Mais do que um irmão mais velho, um pai. Recebeu-o em Lisboa e no Benfica com carinho paternal, orientou-o na sua vida desportiva, social, familiar. Eusébio tinha pelo «senhor Coluna» um respeito de filho em família tradicional.
Tinham, afinal, não mais de seis anos de diferença, mas para um miúdo, como Eusébio, acabado de chegar à Europa, deslumbrado com o cosmopolitismo de Lisboa, Coluna era um abrigo e uma referência.
Foi um jogador de virtudes excepcionais. Mais pela clarividência no jogo e pela invulgar força física do que pela destreza. Nem sequer era um jogador explosivo, como sempre foi Eusébio. Mas era o patrão da equipa e não raras vezes o patrão de cada jogo.
Grande e inesquecível capitão do Benfica, onde foi bicampeão europeu. Enorme capitão da Selecção Nacional e grande comandante no Mundial de Inglaterra em 1966.
É evidente que tenho mais memória visual de Eusébio do que Mário Coluna, mas, jovem adolescente, vi-o jogar por diversas vezes no Benfica e na Selecção. Se Eusébio era o pantera negra, para mim, Mário Coluna era o elefante. Inteligente, dominador, forte, imbatível.
É simbólico que Coluna não tenha chegado a resistir mais de mês e meio à morte de Eusébio, nefasto acontecimento que muito o terá abalado. Então, já não teve forças para fazer tão longa viagem. Estava doente há bastante tempo e apesar dos esforços dos amigos, que o aconselhavam a maiores cuidados médicos e hospitalares, sempre procurou viver a vida numa ânsia permanente de liberdade."
Vítor Serpa, in A Bola
loading...
-
O único Imperador
"Foi no último 6 de Agosto. Na Luz, na nossa Luz. Na luz da justiça, pela luz do passado, por uma luz radiosa no futuro. Com a luz da emoção, já um tanto sofrida, organizei o jantar de aniversário do Mário Coluna. Foi uma cerimónia simples, sem...
-
Senhor Mário Coluna
"1. Nasci em 1956. Dois anos antes o senhor Mário Coluna estreara-se com a camisola do Benfica. E num jogo que representava a despedida de Rogério Pipi. Mas nesta estreia jogou a avançado. Otto Glória posicionou-o no lugar devido. De comando e com...
-
O Desaparecimento De Coluna
"Futebol português volta a estar de luto.Mês e meio após Eusébio nos ter deixado, o futebol português volta a estar de luto, agora para chorar a morte de Coluna, o velho capitão do Benfica e da selecção nacional, também apodado de "monstro sagrado"...
-
'monstro Sagrado' Eternamente!
"Não tive com o senhor Mário Coluna, nem de perto nem de longe, por razões óbvias, a mesma relação de proximidade que com o rei Eusébio. Porém, obra do destino (será?), foi na lindíssima cidade de Maputo, no início da década de 80, por altura...
-
Revista MÍstica
Mário Coluna também recordado“Mística”: Edição especial sobre Eusébio nas bancas para a semanaO ano não começou bem para o Universo do Sport Lisboa e Benfica e para os benfiquistas. Em muito pouco tempo viram partir dois símbolos da mística....
Benfica