Uma, duas, três!
Benfica

Uma, duas, três!


"Sábado, 3 de Setembro de 2011, Portimão: vencendo o campeão nacional (Sporting), o Benfica conquistou a Supertaça de Futsal, primeiro troféu oficial da época, vingando a final do último Campeonato.

Quarta-feira, 5 de Outubro de 2011, Lisboa: vencendo o campeão nacional (Fonte Bastardo), o Benfica conquistou a Supertaça de Voleibol, primeiro troféu oficial da época, vingando a final do último Campeonato.

Domingo, 9 de Outubro de 2011, Vagos: vencendo o campeão nacional (FC Porto), o Benfica conquistou o Troféu António Pratas de Basquetebol, primeira prova oficial em que participou na nova época, vingando a final do último Campeonato.

Em três troféus oficiais disputados pelas modalidades de Pavilhão, o Benfica fez o pleno, erguendo as três Taças, todas elas frente aos respectivos campeões nacionais - que o haviam derrotado, meses antes, em dramáticas finais de play-off. Em poucas semanas, o nosso ecletismo deu três tiros na fatilidade, juntando-se ao Futebol no alimento a uma fé renovada, capaz de devolver os benfiquistas à glória.


Vitórias e mais vitórias

Para além destes saborosos triunfos (dois dos quais obtidos nas barbas dos rivais de sempre), diga-se, ainda, que o Benfica leva já um balanço de 18 vitórias e 2 empates, em 21 jogos disputados pelas várias modalidades, e não fosse uma inoportuna derrota caseira do Andebol diante so Madeira SAD, poderíamos estar aqui a falar de uma invencibilidade absoluta (extensiva, aliás, ao Futebol), e da consequente liderança de todos os campeonatos em curso. E seria injusto não deixar também uma palavra às meninas do Râguebi, que já consquistaram a sua Supertaça, e não irão, certamente, ficar por aqui.

Esta entrada de rompante do ecletismo 'encarnado' repõe alguma justiça face aos infortúnios da temporada passada. À semelhança do que ocorreu no Futebol (onde derrotas extraordinariamente dolorosos nos puseram fora da Taça de Portugal e da Liga Europa, depois da arbitragens grotescas nos terem afastado precocemente da luta pelo título), também as nossas modalidades sofreram os efeitos de um trimestre maldito (Abril, Maio e Junho) - que, qual vírus devastador, ceifou sonhos e ambições, e derrotou aquelas que, nalguns casos, eram claramente as melhores equipas do panorama nacional nas respectivas modalidades. Recordemos, por exemplo, a forma inglória como o nosso Voleibol viu fugir-lhe o título nacional (depois de 30 vitórias em 32 jogos das duas fases regulares); lembremos como o Hóquei em Patins (vítima de circunstâncias alheias, como o 'Candelária-gate') terminou o Campeonato com o mesmo número de pontos do injusto vencedor; ou como o Futsal, tendo concluído uma Fase Regular invicta, acabou caindo aos pés do rival Sporting, numa final do play-off que incluiu derrotas por penalties, golos sofridos nos últimos segundos, arbitragens tendenciosas, e todas as infelicidades possíveis de imaginar.


Modalidades em alta

Como aqui disse a propósito do Futebol, também a temporada de 2010/11 das modalidades não foi, de modo algum, desastrosa, mas antes, profundamente infeliz. Provam-no os quatro segundos lugares alcançados (só o Andebol destoou), os vários troféus conquistados (Supertaça e CERS no Hóquei em Patins, Supertaça e Taça da Liga no Basquetebol, Taça e Supertaça no Andebol, e Taça no Voleibol), e, sobretudo, as já aludidas circunstâncias em que vimos fugir os principais títulos.

Os primeiros sinais de 20011/12 revigoram-nos a esperança de que, ao mérito desportivo já demonstrado na época anterior, se poderá juntar a conquista dos vários campeonatos - onde, sem excepção, integramos o restrito lote de favoritos. O azar não pode durar sempre, e, como diz o ditado popular, 'depois da tempestade chega a bonança'.

Para já, ao abatermos, um por um, os nossos últimos verdugos, mostrámos que em cada um destes tabuleiros de competição, estamos ainda mais fortes e mais aptos a triunfar. Mostrámos, também, que os resultados da última época não passaram, na maioria dos casos, de meros e conjunturais acidentes, e que é na Luz que moram as melhores e mais equilibradas equipas da actualidade, falemos nós de Voleibol, falemos nós de Futsal, ou mesmo de Basquetebol.

À imagem do Futebol, as nossas principais modalidades andam, neste começo de época, a roçar a perfeição. Há muito que lutar, há muito para vencer, mas, com um início destes, não há como contornar o mais vivo optimismo e o mais prometedor entusiasmo."


Luís Fialho, in O Benfica



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