Voar à chuva
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Voar à chuva


"O tal jogo que Jorge Jesus considerou "importante mas não decisivo" terminou empatado. Em Atenas, logo se verá quem lucrou com a maior importância e a menor decisão, no conceito do treinador. Por ora, fica a ideia consensual nas fileiras do Benfica : a igualdade frente ao Olympiacos é um bom resultado. Mas, reconhecem os próprios, mais pela forma como as coisas decorreram do que por outra razão. No entanto, a questão que verdadeiramente deve colocar-se prende-se com um princípio : não era suposto, na Luz, serem os gregos a tentarem não perder o desafio em vez do inverso?
Diga-se desde já que, numa visão global, o resultado está certo. O Olympiacos venceu a primeira parte porque tacticamente foi melhor, o Benfica ganhou a segunda porque soube ser suficientemente combativo, num terreno com mais água que relva. Quanto às consequências que daqui derivam, já lá iremos. Primeiro, as duas componentes da partida.
Embora não entenda muito bem o que Jesus quis dizer com o "ADN ofensivo" mostrado pelos encarnados na primeira metade, fica o registo de uma entrada prometedora. Em cinco minutos, Cardozo já tinha obrigado Roberto a uma defesa difícil e Luisão cabeceado ao lado, num lance na pequena área. Simplesmente, a promessa ficou-se por aqui. Mitroglou respondeu de imediato com três (!) jogadas em que o golo rondou a baliza de Artur, o que deveria ter constituído um sinal sério para o Benfica.
A explicação residia no meio campo, porque a zona central das águias começou a ser "engolida" por um número superior de elementos gregos, deixando Matic e Enzo contra três e, ás vezes, quatro. O papel de Dominguez foi vital ao "barrar" o sérvio, notando-se ainda que os homens da casa se baralhavam com as diagonais de Weiss e, principalmente, de Fuster. Quem aproveitava - e bem - era Mitroglou. Convenhamos, o lance do golo grego até pareceu uma inevitabilidade.
Além do mais, Ola John e Gaitan (este numa noite definitivamente não) são pouco de defender, levantando outra vez a dúvida sobre se o argentino não será mais útil ao meio (o que até poderia levar a outro tipo de aproveitamento para Lima). Mais : só lá muito tarde - quase no final - é que Rúben Amorim e Rodrigo entraram. Enfim , Michel ganhou a Jesus num período do desafio em que, esperava-se, os encarnados conquistassem embalagem suficiente para controlar o resto da partida.
Acontece que "o resto" foi altamente problemático. Jesus lançou Ivan Cavaleiro na segunda metade, mas a chuva torrencial que marcou a meia hora seguinte não se compadeceu com quaisquer boas intenções do treinador encarnado. O jogo tornou-se uma autêntica bizarria (repare-se que houve dois momentos, um para cada lado, que seriam sempre golo, caso a bola não ficasse parada numa poça), com tudo dependente de lances de bola parada ou de algum erro individual, porque a tal "construção de jogo" passou a ser uma ficção. Dito e feito : Roberto falha num lance aéreo (o que nele nem é surpresa) e Cardozo não perdoa. 
Fica, contudo, o facto da equipa da Luz ter-se batido até aos limites para evitar uma derrota que, garantidamente, colocaria o Benfica numa situação de saída muito limitada.
Isto não significa que o cenário seja animador. Já sabíamos que Benfica e Olympiacos estavam a lutar pela única vaga disponível, porque a outra já era do PSG (parênteses : fiquei arrepiado com o "poker" de Ibrahimovic em Bruxelas, atenção Paulo Bento). Com este empate, Atenas vai tornar-se num inferno ainda maior do que sempre é. Os gregos sabem que um triunfo em casa lhes estende a passadeira, é só não estragarem na recepção ao Anderlecht. Portanto, calculo, desta vez Jesus vai mesmo assumir que o próximo encontro não se limita a ser importante. Se não é decisivo, é o quê?"

Mário Fernando, in TSF



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