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Benfica
A REVOLUÇÃO DA " LEI BOSMAN "!
ESCREVEM OS LEITORES
Autor: TIAGO MORAIS/20 ANOS/ESTUDANTE
Tal como tudo, o futebol foi evoluindo desde as regras de jogo, às “regras de mercado”… Na década de 90, deu-se uma revolução no futebol e em particular no mercado de transferências com a famosa “Lei Bosman”. Muito sucintamente sobre a origem desta lei, em 1990 Jean-Marc Bosman em fim de contrato, recusa-se a renovar com o seu clube (Lierse) tentando transferir-se para o Dunkerque, da segunda divisão francesa, no entanto, o clube francês teria que pagar 650mil euros ao Lierse para este libertar Bosman, mesmo depois de o seu contrato ter expirado. Irritado com a situação, Jean-Marc Bosman, entra com ação jurídica contra o Liège, a Federação Belga e a UEFA, ação essa que lhe é favorável 5 anos depois, ficando então conhecia como a “Lei Bosman”.
Esta lei veio então revolucionar o futebol mundial, para o bem e para o mal, mas porquê? Muito simples! Antes os jogadores eram reféns dos clubes agora são os clubes que em parte são reféns dos jogadores! Um jogador antes de 1995 mesmo com o seu contrato terminado só poderia assinar por outro clube se o respectivo clube compensasse financeiramente o seu atual clube. Os jogadores só saiam com a permissão do clube o que fazia com que ficassem mais tempo nos seus clubes e só saíssem com propostas financeiramente vantajosas tanto para o clube como para o jogador. Esta é a parte boa da “Lei Bosman” .
A parte má é que agora os clubes são muito reféns dos jogadores… Um jogador com um contrato de 4 anos, faz 2 boas épocas e exige logo um salário exorbitante ao clube sob a ameaça de sair no fim do seu contrato não sendo o atual clube compensado financeiramente… Isto fez com que as equipas Portuguesas, Holandesas, Romenas fossem cada vez menos competitivas. Até a década de 90, havia mais equilíbrio no futebol mundial, era habitual ver o Benfica, Steaua de Bucareste, Ajax ou Feyenoord fazerem grandes campanhas europeias ombreando com colossos como o Real Madrid, Bayern Munique ou Milan… Era mais fácil do que agora, já que apostavam essencialmente em jogadores da formação ou oriundos dos seus campeonatos formando equipas que se iam consolidando ao longo das épocas e a base da mesma pouco se alterava. Com a “Lei Bosman”, essa competitividade foi-se perdendo sendo agora quase impossível competir com equipas como o Real Madrid, Barcelona, Manchester City, PSG ou Bayern Munique. Agora, todos os anos há “revoluções” nos planteis, os melhores jogadores são aliciados por equipas com maior poderio financeiro acabando por forçar a sua saída, veja-se o caso Bale.
As equipas portuguesas principalmente o Porto e o Benfica, têm conseguido manter-se competitivas devido às suas fenomenais equipas de prospeção, adquirindo jogadores por preços muito inferiores ao preço que vendem como são os casos de Falcão, James, Pepe, Coentrão, Di Maria, Witsel, David Luiz entre muitos outros.
Se atualmente jogadores como Cristiano Ronaldo, Cavani, Eto’o, Van Persie etc, ganham o que ganham e jogam onde jogam muito podem agradecer a Jean-Marc Bosman, um jogador mediano que mudou por completo o futebol mundial.
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