Campeonato Miguel
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Campeonato Miguel


"Na antevisão à última jornada do Campeonato, tive oportunidade de dizer, na nossa Benfica TV, que para fundamentar a esperança na conquista do título, precisaria de ter a certeza de que nada de anormal se passaria no outro estádio onde se jogavam as grandes decisões. Não foi necessário esperar muito tempo para confirmar os meus piores receios.
Aos vinte minutos da partida da Mata Real, o mesmo indivíduo que na temporada passada, em Coimbra, transformara um claríssimo penálti sobre Aimar numa falta contra o Benfica, resolveu, desta vez, transformar um cartão amarelo por simulação de James Rodriguez fora da área, numa grande penalidade a favor do FC Porto, com expulsão do defesa pacense. Percebi, de imediato, que não valia a pena sonhar. A realidade mantinha-se, igual a si mesma, como há já muitos anos nos habituámos a ter de suportar.
Concluído o Campeonato, gostava, com sinceridade, de poder atribuir a perda do Título apenas ao mérito do adversário, ao cansaço dos jogadores do Benfica, ou simplesmente ao azar. Porém, ao lembrar-me de Carlos Xistra em Coimbra, de Pedro Proença na Choupana, e, sobretudo, deste Hugo Miguel em Paços de Ferreira, não sinto que o possa fazer. Este, para mim - que também tenho direito a usar alcunhas - ficará na memória como o Campeonato Miguel.
Depois de vermos fugir o Título deste modo, depois de perdermos a Liga Europa (essa sim, de forma limpa, honrada, mas meramente infeliz), resta-nos a Taça de Portugal. Não a encaro como um consolo, ou como um prémio menor. Pelo contrário, vejo-a como uma competição importante e bonita, que há muitos anos escapa ao Glorioso, e que quero fervorosamente vencer. Além de que, terminar a temporada com um troféu nas mãos, parece-me ser o mínimo que a justiça pode fazer ao brilhante futebol que a nossa grande equipa apresentou durante meses. Esperemos que desta vez não haja Miguéis a condicionar o jogo, e que a grande festa do Jamor seja limpinha. Pois o Campeonato, depois de tanta conversa, acabou bem sujinho.

Luís Fialho, in O Benfica



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