Para quem acompanha o mundial sub-20, é impossível ficar indiferente ao Iraque , aconteça o que acontecer nas meias-finais, o título de selecção sensacional, de outsider da prova, já pertence aos Iraquianos, que têm estado alegrar este mundial com grandes jogos de ataque, nesta geração talentosa que irá dar muito que falar, trata-se da geração pós-guerra.
Genericamente o Iraque é um país cuja capital Badgad se situa no centro do país , ás margens do rio Tigre, a sua economia exporta principalmente dois produtos petróleo e tâmaras , porém a sua economia e sociedade vivem devastadas pelos custos da guerra, e das sanções económicas internacionais e a maior parte do país é desértica, porém as regiões dos rios Tigre e Eufrates são férteis, propiciando a agricultura.
Falar do Iraque é quase sinónimo de procurar na memória colectiva pelo nome de Saddam Husseim , o lendário presidente que mais tempo exerceu poder no Iraque (1979-2003), e esse período que conduziu a vários conflitos armados entre os quais a guerra do Golfo ( começa em 1991), levou-nos a uma sociedade actual carente e frágil.
Mas nessa carência e fragilidade, surge um projecto desportivo sólido com uma geração pós-guerra, cheia de vontade de dar alegrias a um povo martirizado, e numa população maioritariamente muçulmana, os Iraquianos aparecem neste mundial de sub-20, na Turquia com o estatuto de melhor selecção iraquiana de sempre, porém a fasquia seria tentar passar a fase de grupos se possível, mas o mais importante era crescer no continente asiático.
Em Novembro de 2012, esta geração de ouro iraquiana , conseguiu chegar à final da Championship Asiática, perdendo apenas no derradeiro jogo contra a Coreia do Sul no desempate pela marca das grandes penalidades, pelo caminho eliminou a Austrália e Japão ( os dois principais favoritos), e com este percurso obteve o apuramento para o mundial sub 20 que se está a realizar na Turquia.
Num grupo com Inglaterra, Chile e Egipto, o objectivo assumido era tentar a 3º posição, e nos jogos com Chile e Inglaterra tentar deixar uma boa imagem, porém numa selecção liderada pelo experiente Hakeem Shaker, que se tornou imagem de marca pela forma excêntrica como dança a festejar os seus golos, os Iraquianos conseguiram um empate a 2 contra os ingleses no primeiro jogo e deixaram água na boca a quem viu esse jogo.
Depois seguiram-se duas vitórias sobre Egipto e Chile, ambas por 2-1, e nessas vitórias destacaram-se vários jogadores mas entre eles há três que certamente irão vingar no grande futebol europeu, um é o guarda-redes Mohammed Hameed que actua no Al-Shorta Bagdad aos 20 anos, mas depois deste campeonato certamente irá ter boas propostas vindas da Europa, não só pela sua qualidade mas também pelo carisma e personalidade que mostram que é ele o líder da equipa dentro de campo.
Outros dois jogadores em destaque são o médio criativo Humam Tareq que apenas com 17 anos e a jogar no Al Quwa/Jawiya, faz lembrar Pablo Aimar, com grande recorte técnico, e certamente terá uma boa carreira se for bem orientado, pois o potencial é enorme, ainda temos o avançado Farhan Shakor que já fez três golos neste campeonato do mundo, com apenas 18 anos, a actuar no modesto Sulaymaniyah FC , fica a ideia que qualquer um destes três jogadores irá ter o seu espaço no melhor futebol do mundo.
Depois da queda prematura de Espanha , México e Portugal , com Argentina, Brasil, Holanda, Itália e Alemanha de fora do mundial, o Iraque surpreendentemente torna-se neste momento um dos favoritos a vitória final e a meia final com o Uruguai abre boas perspectivas, aquela que é para muitos a selecção mais empolgante do mundial, aquela que é a geração pós-guerra.
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