O escocês Stephen Hendry, de 45 anos, heptacampeão mundial de snooker e retirado da competição desde maio de 2012, está a treinar-se três horas por dia para tentar ser digno do convite (‘wild card’) que a World Snooker não lhe deverá negar para disputar o próximo Mundial, de 18 de abril a 4 de maio, em Sheffield (Inglaterra).
O mais consagrado jogador da era moderna daquela que é a Fórmula 1 entre as várias variantes do bilhar, separou-se da mulher, Mandy (46 anos), em abril de 2014, e mudou-se para Inglaterra, para viver com a atriz Lauren Thundow (26 anos), atual companheira, tendo deixado na Escócia os filhos Blaine (17 anos) e Carter (9 anos).
Profissional durante mais de 17 anos - desde 1985 até maio de 2012, quando se retirou -, Hendry, que além do recorde de sete títulos mundiais da era moderna do snooker (1990, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996 e 1999) amealhou mais de dez milhões de libras (12 milhões de euros) ao longo da carreira, será grande atração caso, como tudo indica, pegue no taco no Crucible Theatre.
A célebre frase do seu compatriota e já tetracampeão mundial escocês John Higgins - «Steve Davis [seis vezes campeão mundial] adora snooker, Stephen Hendry adora ganhar» - resume o fenómeno: a voltar, Hendry quer ganhar, ou continuava na reforma. E todos os jogadores a competir no circuito da World Snooker o sabem.
Com a incógnita a pairar sobre do que será capaz, para já, e no dia em que Stephen Hendry completará precisamente 46 anos – o próximo dia 13 do corrente mês de janeiro -, o ‘Golden Boy’ poderá ter a inesperada prenda de ver o inglês Ronnie O’Sullivan igualar ou até desapossá-lo do recorde de ‘breaks’ (tacadas, ou entradas) iguais ou superiores a 100 pontos (‘centuries’).
O ‘Rocket’ defronta no próximo dia 13, na primeira ronda do Masters agendado para o Alexandra Palace, de Londres, o compatriota Ricky Walden, e soma 773 ‘centuries’, apenas a dois dos lendários 775 que o ‘Rei do Crucible’, Stephen Hendry, conseguiu na carreira.
DOIS ‘BREAKS’, UMA VITÓRIA: MAIS DOIS RECORDES AMEAÇADOS
Recordista de triunfos em provas do circuito e ‘majors’ (35), o ‘Rei do Crucible’ vê ainda Ronnie, de 39 anos, olhar de frente outros marcos que se pensavam intransponíveis por si estabelecidos.
O escocês venceu o Mundial por sete vezes (Ronnie vai em cinco, 2001, 2004, 2008, 2012 e 2013), o UK Championship em cinco ocasiões (1989, 1990, 1993, 1995 e 1996) – uma marca que O’Sullivan já igualou (vitórias em 1993, 1997, 2001, 2007 e 2014) – e o Masters de Londres em seis ocasiões, cinco delas seguidas: 1989, 1990, 1991, 1992, 1993 e 1996.
Se, com 773 ‘centuries’, Ronnie O’Sullivan está a duas dos 775 feitos por Hendry, também em vitórias no Masters, o ‘Rocket’ ameaça a lenda escocesa.
Ronnie leva cinco vitórias na prova agora sediada no ‘Ally Pally’ (1995, 2005, 2007, 2009 e 2014), onde perdeu outras tantas finais (cinco) mas neste mês de janeiro de 2015 tenta a 11.ª final e sexta vitória no Masters, que lhe permitirá igualar Hendry neste capítulo.
Ambos são detentores de cinco ‘Triplas Coroas’ (Triple Crown), que representam pelo menos cinco vitórias em cada uma destas três provas: Masters, UK Championship e Mundial.
São precisamente 15 vitórias, cinco em cada uma destas três porovas, o total conseguido até agora por Ronnie... antes do Masters, que se inicia no próximo domingo, dia 11, e decorrerá em Londres até dia 18, prova por convite, sem pontuar para o ‘ranking’, e a distribuir 600 mil libras (771 mil euros) de prémios, dos quais 200 mil libras (257 mil euros) ao vencedor.
Com o ‘Rocket’ e sem Hendry ainda no Masters (o Mundial só começa em abril), o escocês, com sete vitórias no Mundial (mais duas que Ronnie), seis no Master - mais uma do que O’Sullivan... pelo menos até dia 18, altura em que pode ser igualado - e cinco no Campeonato do Reino Unido (igual ao inglês), melhor se percebe mais uma razão para o regresso de Hendry.
O regresso da maior lenda da década de 90 é espicaçado pela longevidade do seu grande sucessor como mago dos panos verdes. Para já, e por enquanto, soma 18 grandes títulos, para 15 de Ronnie, e 35 vitórias em ‘majors’, para 28 do inglês.
Quando admitiu, após a quinta vitória de Ronnie no Mundial, que poderia ser ultrapassado - «todos os meus recordes estão em risco», disse Stephen Hendry, em maio de 2013 -, Hendry jamais pensaria que seria tão cedo. E não há rei que se renda sem uma boa briga, que já está a apaixonar mais de 200 milhões de adeptos desta variante do bilhar por esse mundo fora que regularmente não falham as transmissões televisivas.
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